loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
terça-feira, 08/07/2025 | Ano | Nº 6005
Maceió, AL
26° Tempo
Home > Opinião

Opinião

REEQUILÍBRIO DISTANTE

.

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp

Avaliação feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Ipea, prevê que, por causa da piora fiscal causada pela crise sanitária da Covid-19, a dívida bruta do governo geral em proporção do PIB aumente de 75,8%, no fim de 2019, para 93,7% no fim deste ano. O Ipea destaca que a prioridade na pandemia passou a ser a proteção da vida e da saúde e a preservação de empregos, da renda e das empresas. Com isso, o governo precisou adotar medidas emergenciais com custo fiscal significativo, tanto pelo lado da despesa quanto pelo da receita.

Como observa o Ipea, a economia brasileira, assim como a de outros países, sofreu impacto relevante da pandemia da Covid-19. No Brasil, os efeitos foram notados a partir do fim de março e ao longo de abril, interrompendo o que parecia ser um início de retomada do crescimento, mesmo que pequeno. O fato é que o Brasil terá um longo caminho de recuperação pós-pandemia. A crise econômica provocada pelo novo coronavírus ocorre justamente quando o País vivia um momento delicado, não só economicamente mas também politicamente pelas dificuldades enfrentadas pelo governo Bolsonaro no trato com o Congresso e o Judiciário. A crise também escancarou a desigualdade social no Brasil, que já era elevada. Com isso, abriu-se um debate sobre o papel do Estado na economia e na condução das políticas sociais. Agora todos concordam que a retomada do crescimento será lenta. Empresas devem sair da crise com o caixa ainda mais enfraquecimento e sem fôlego para novos investimentos. Aumento da capacidade ociosa na indústria também deve dificultar a aceleração do PIB. A pandemia teve um impacto imediato na atividade econômica. No médio e no longo prazo, entretanto, há a preocupação dos analistas com a incerteza política em relação ao futuro do governo e a capacidade do País de retomar o equilíbrio fiscal. De qualquer forma, como observa o Ipea, será necessário rearranjar as políticas sociais para ver o que está funcionando e tornar mais eficiente esse tipo de gastos.

Relacionadas