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terça-feira, 30/09/2025 | Ano | Nº 6065
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As consequências de rotular as crianças

Psicólogas discorrem sobre a importância da influência dos pais na formação dos filhos

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Não é incomum ouvirmos pais se dirigindo ou se referindo aos filhos classificando-os com adjetivos negativos e que podem acabar definindo a imagem que a criança faz de si. São rótulos de preguiçoso, incapaz, bobo, de que não é inteligente, que não vai dar em nada na vida, que vindo dos cuidadores, pode parecer que é uma profecia do futuro.

Os pais são as principais figuras de influência para os filhos, tudo que eles falam tem um peso muito grande e se estão sempre rotulando o filho, essa imagem que é criada pode se cristalizar e o impedir de tentar ser de um outro tipo de pessoa, impossibilitando um novo aprendizado ou uma expansão em suas habilidades, o que traz prejuízos ao desenvolvimento saudável.

Vamos evitar os rótulos ao falar dos comportamentos que estão inadequados? Vocês podem ter certeza que ele se sentirá mais confiante para se desenvolver de uma maneira saudável, com uma boa autoestima, do que quando o rotulamos. Experimente!

Essa maneira de nos direcionarmos e mostrarmos aos filhos como ele está se manifestando, possibilita -o entender e aprender o valor que ele tem.

Quantas vezes atendemos no consultório adultos com uma autoimagem negativa devido aos rótulos que lhe foram colocados por figuras importantes (pais, cuidadores, professores, irmãos, tios...).

São frustrados, sentem que poderiam ter se desenvolvido mais, tanto na área de relacionamentos quanto profissional. Às vezes repetimos o modo de criação que aprendemos com nossos pais, que nos chamavam assim e acabamos internalizando como um comportamento normal, sem perceber as consequências dos rótulos. Mas hoje, com a quantidade de informações que chegam até nós, temos a possibilidade de construir relacionamentos saudáveis, onde priorizamos o desenvolvimento integral do indivíduo.

Cristina Paranhos e Paula Gil Cocco são psicólogas clínicas, especialistas em terapia cognitivo-comportamental | Saiba mais no Instagram: @psicologiapais

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