loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
quinta-feira, 26/06/2025 | Ano | Nº 5997
Maceió, AL
28° Tempo
Home > Opinião

Opinião

DESCONSTRUÇÃO

.

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp

Documento obtido pelo jornal O Estado de São Paulo mostra que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, quer driblar a meta de reduzir a devastação ambiental no Brasil, em movimento rejeitado até dentro do governo, pelo Ministério da Economia. A equipe de Salles propõe que o objetivo de diminuir o desmatamento e os incêndios ilegais em 90% em todo o País, previsto no Plano Plurianual (PPA) do governo até 2023, seja desconsiderado.

Só no ano passado, apenas na Amazônia, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais registrou alertas de desmatamento em uma área de 9,1 mil quilômetros quadrados –o equivalente a 900 mil hectares. Para justificar a mudança, a pasta afirma que a diminuição de 90% até 2023 é um objetivo intermediário e que o governo federal adota como meta principal a redução de 100% do desmatamento ilegal até 2030. Há tempos ambientalistas vem alertando para os danos provocados pela política ambiental, ou falta dela, do governo Bolsonaro. Além dos danos à natureza, a falta de compromisso do governo com o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável tem criado constrangimentos internacionais para o Brasil. O afastamento dos investidores internacionais em razão da política ambiental brasileira, por exemplo, é uma das consequências negativas dessa política. Em junho, a Câmara de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural do Ministério Público Federal divulgou nota na qual apontou preocupação com "crescimento vertiginoso dos danos ambientais" causados pela atual política ambiental do país. Segundo o texto, “esses danos visíveis e em franca expansão não constituem obra do acaso; pelo contrário, são o resultado lógico e esperado de uma série de medidas e ações desconstrutivas e omissões”. O documento elenca como preocupantes: o aumento do desmatamento ilegal e das queimadas nos variados biomas, a ocupação ilícita de terras públicas; a propagada flexibilização de normas e regramentos infralegais; e nomeações sem critérios técnicos para importantes cargos. A cada dia o governo parece reforçar essa percepção .

Relacionadas