Opinião
Repensar o nosso querido Brasil
.

Desde os meus tempos de menino, estudante do Colégio Guido, eu e meus colegas sabíamos na ponta da língua, de tanto ouvirmos falar nas aulas, das riquezas do nosso querido país. Riquezas inigualáveis. Vejamos algumas delas: a) tem o melhor clima do mundo, bastante diversificado dentro do seu próprio território; tropical no Norte, semi-tropical e temperado no Centro e de um frio europeu sem os rigores de lá, na região Sul; b) tem um solo fértil que, em grande parte, produz 2 a 3 safras anuais; c) tem a maior floresta do mundo, que oferece ar puro ao globo terrestre; d) possui as maiores riquezas minerais da terra; só na Amazônia são calculadas em três trilhões de dólares; e) possui a maior costa marítima do mundo, fonte inesgotável de alimentos. Além disso tudo, um povo bom, ordeiro e paciente.
E ficamos a perguntar porque, apesar de tantos benefícios concedidos por Deus, o nosso querido Brasil ainda não conquistou o seu lugar entre as maiores potências do mundo. Vive sempre endividado, sempre desorganizado, com índices sociais que nos envergonham. Na próxima segunda-feira, dia 07 de setembro, estaremos comemorando mais um aniversário de nossa Independência. Daquele momento histórico (1822) até hoje, vemos que o Brasil poderia ter encontrado rumos bem diferentes se tivesse investido maciçamente no homem, investido na educação do brasileiro. É o analfabetismo, na verdade, a chaga pestilencial mais evidente e característica dos países subdesenvolvidos. Uma nação letrada, instruída, cresce, progride em fartura e bem estar e tem forças, tem capacidade para enfrentar os países ricos, enfrentar e vencer as crises esporádicas desta ou daquela natureza, com espírito sobranceiro. Ao contrário, uma nação que não valoriza sua criança, sua juventude, cheia de analfabetos, fica condenada a estagnação. Em todos esses tempos a imprensa consciente e livre foi sempre o escudo do homem desarmado, o que não sabe empunhar outra arma senão a pena como ferramenta em defesa da lei, da justiça, da verdade e do ideal. Temos com urgência de repensar o nosso Brasil. E o pior é que não existe outra formula a não ser com a participação do povo no processo eleitoral, escolhendo os melhores. A mudança da cultura política do Brasil deverá durar ainda muito tempo, mas já começamos a notar que os primeiros passos estão sendo dados. Mudar o que está errado na política é a tarefa de todos. A política não é suja. Ela assim está pelo reflexo das contradições da sociedade, onde o bem e o mal, o joio e o trigo estão misturados. Vamos repensar o nosso Brasil. Só mudaremos quando os políticos pensarem grande, quando firmarem um pacto com seus eleitores, pacto de credibilidade, sabendo que a política é a promotora do bem comum e com ética é uma das mais elevadas atividades humanas. Vamos batalhar todos, políticos e povo, pobres e ricos, para fazer a nossa nação engrandecida, com prestígio internacional. Milhões de Zés e Marias esperam “redescobrir” o Brasil, entoando o canto da esperança nos seus vilarejos, nas suas cidades, nos seus barracos, traduzindo cada um na canção de cada dia, as tristezas e as alegrias, o amor e a fé, o sonho e a luta de poder viver em um Brasil próspero e feliz.