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SÉRGIO DA HORA FARIAS * Sabemos que os países ricos estão levando a sério o aumento da população de longevos no Planeta e muitos estão até criando estruturas para a Quarta Idade, como são chamados pela Organização Mundial de Saúde, os que já entraram na faixa dos 80 anos. As estruturas econômicas desses países sinalizam sobrecarga e criam comissões sérias a fim de melhor estudar a situação. Mas, por outro lado, há países como o nosso, que continuam sem acreditar que envelheceram. No caso particular do Brasil, verificamos aqui grande descaso no ensino médico. Formamos mais de dez mil colegas ao ano, mas sem condições de lhes dar residências médicas, cursos de especialização, etc. É assim que somos o país que mais forma médicos no mundo!... Nossa Saúde Pública, completamente aniquilada, com pessoas desqualificadas no Ministério da Saúde, nas Secretarias de Estados e de Municípios, salvo raríssimas exceções. Tudo isso acaba nos expondo aos vexames de epidemias de determinadas viroses e doenças infecto-contagiosas, vergonha de todo brasileiro que lida seriamente nas áreas da Saúde e Educação, neste país-continente. Tais áreas sempre foram o campo predileto para os desvios de verbas, eleger políticos, etc. Resultado: estamos hoje com setenta milhões de brasileiros sem condições de sobrevivência. Para se ter uma noção de como anda a Saúde no Brasil, vejamos dados alarmantes como anemias, verminoses, desnutrição, doença de Chagas, esquistossomose, tuberculose, viroses, etc. Esses males estão atingindo quase a metade das nossas crianças e adolescentes. O fumo, droga, alcoolismo, sífilis, Aids estão a cada ano aumentando. Doenças crônico-degenerativas, como osteoporose, osteoartose, arteriosclerose, infarto do miocárdio, neoplasias malignas, alzheimer, diabetes, cataratas e outras, cada ano aumentam suas vítimas, invalidando ou ceifando vidas em pessoas na idade produtiva, deixando-nos a todos perplexos. Afirma-se que 40 milhões de brasileiros conseguem manter os planos de saúde. O restante fica a depender dos serviços públicos que há muito tempo sinalizam grandes dificuldades em atender à população carente. Que calamidade! Precisamos criar programas na imprensa falada, escrita, televisiva, mostrando à população os caminhos de uma Medicina Preventiva, menos invasiva, onde os custos vão diminuir quase pela metade. Equipes multidisciplinares, medicamentos e alimentação se fazem necessários para fugirmos das estatísticas de morte dos brasileiros por falta de competência de nossos governantes. Sem estresse, combatendo o excesso de radicais livres, em virtude de substâncias favoráveis à saúde, o próprio organismo coloca à disposição do indivíduo. Hipócrates, o consagrado Pai da Medicina, já chamava a atenção para a vantagem dos exercícios, afirmando que “todas as partes do corpo têm uma função, quando usadas com moderação e exercitadas no trabalho, se tornam saldáveis, bem desenvolvidas e envelhecem com qualidade de vida”. (*) é presidente do Colégio Brasileiro de Medicina Avançada

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