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Opinião

Pandemia e novos colaboradores à distância

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Por Andréia Renge- especialista em soluções em TI | Edição do dia 15/10/2020 - Matéria atualizada em 15/10/2020 às 06h00

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 12,5% dos trabalhadores brasileiros ficaram em home office durante a pandemia da covid-19. Não podemos afirmar que a adaptação para este período é fácil para todos, mas o primeiro passo só exige empatia das empresas: enxergar de verdade os problemas das pessoas e ajudá-las a solucionar, mesmo que de maneira remota.

Quando o distanciamento é necessário, uma cultura corporativa focada nas pessoas faz a diferença, pois temos que acolher e dar suporte de diversas maneiras a quem já está conosco e a quem está chegando. Para estas empresas, o processo de adaptação provavelmente foi mais orgânico. A saúde e o bem-estar dos colaboradores precisam estar em primeiro lugar. O emocional é fundamental para manter as equipes saudáveis e consequentemente motivadas. Muitos se sentiram à vontade para levar sua cadeira ergonômica para casa ou para conversar com a liderança sobre a dificuldade de conciliar o trabalho com as tarefas escolares dos filhos. Se trabalhar de forma remota representa um desafio, imagine para quem está começando em um novo emprego. Quem iniciou uma jornada durante a pandemia teve que se adaptar ao trabalho virtual já na largada. Os colegas e as lideranças são apresentados por videochamadas e cabe às empresas encontrar formas de tornar o onboarding mais acolhedor e eficiente. Quando se trata de um novo colaborador, o desafio é grande porque não o conhecemos e precisamos ter certeza de que conseguirá se integrar ao time e se adaptar à nova empresa. Alguns sinais são importantes e precisam de atenção: a motivação, o ritmo das entregas, a interação nas reuniões, a participação espontânea em eventos e o feedback dos colegas. Uma possibilidade é escolher um colaborador mais antigo para ser tornar mentor do novo contratado e ajudá-lo a interagir com colegas. Mesmo à distância, o veterano consegue trazer o novo colaborador para perto de si e do time. São pequenas ações que, somadas, ajudam a tornar o onboarding mais acolhedor e cumprir a sua missão de disseminar a cultura da organização. Percebemos que é possível criar um ambiente virtual onde as pessoas se sintam parte da empresa. Também quebramos alguns paradigmas quanto ao trabalho remoto, verificando na prática que a produtividade se manteve e até aumentou. Isso antecipou uma decisão que talvez levasse alguns anos, não fosse a situação criada pela pandemia: dar a opção do trabalho remoto ou híbrido em definitivo.

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