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Vamos falar sobre TDL

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O transtorno do desenvolvimento da linguagem é pouco conhecido, com uma prevalência alta entre os estudantes. “Por exemplo, numa sala de 30 alunos, dois terão o diagnóstico de TDL, e os estudos indicam que a maioria são meninos.” TDL é 50 vezes mais prevalente que problemas auditivos e 5 vezes mais prevalente que autismo” ( Mc Gregor,2020)

Pessoas com TDL têm dificuldades em expressar e compreender linguagem, com um atraso significativo na aquisição. Qual é a causa? Não há uma causa única e conhecida do TDL, como em outros transtornos do neurodesenvolvimento, existem evidências genéticas na maioria dos casos, entretanto, não é possível determinar uma causa (idiopático). O TDL é um diagnóstico de exclusão, isto é, precisamos investigar se não há perdas auditivas, autismo, síndromes, lesões cerebrais, privação de estímulos pelos pais (exposição da criança a diferentes experenciações), ou deficiência intelectual. Saiba que essas crianças têm o QI preservado, elas podem alcançar seus objetivos apesar das dificuldades com linguagem. Dia 16 de outubro comemoramos o dia internacional de atenção ao TDL, precisamos informar para que essas crianças não cresçam com prejuízo na vida social, escolar e profissional elas só precisam sair da invisibilidade e serem diagnosticadas. O diagnóstico se faz por uma equipe multiprofissional (neuropediatra, psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicopedagogo) mas nunca se fecha o diagnóstico sem a avaliação do fonoaudiólogo, pois somos os profissionais que estudamos e avaliamos a Linguagem. Por isso, pais, professores, avós, tios, primos, pediatras que acompanham todo desenvolvimento da criança bem de perto, se existe sinal de atraso nos marcos do desenvolvimento da linguagem da criança, não espere, encaminhe para uma avaliação com um fonoaudiólogo especialista na área da Linguagem, nós podemos desde cedo auxiliar essa criança, orientar os pais, dar suporte a escola para que essa criança se desenvolva da melhor maneira possível. Com certeza uma criança com o transtorno, se tiver uma família e uma escola parceira poderá enfrentar suas dificuldades com muito mais empenho e segurança. Sua autoestima até poderá ser afetada, mas não ao ponto de não querer se relacionar com outras pessoas e se isolar. Por isso, deixe um pouco de lado seus celulares, tablets, séries, TVs, se apropriem desse seu legado. Vocês pais são os anfitriões deste mundo para seus filhos, apresente-o de forma adequada. Como? Brincando, contando estórias, levando-o a diversas experiências visuais, auditivas, sensoriais, sentando para almoçar e conversar a mesa. Aproveitem, esses momentos serão inesquecíveis para eles e para vocês, muito mais que um presente!

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