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EPIDEMIA DE DESINFORMAÇÃO

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Pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha na semana passada apontou que 22% dos brasileiros disseram que não pretendem se vacinar contra a Covid-19. Já 73% afirmam que vão se imunizar. Outros 5% responderam que ainda não sabem. O levantamento mostra que cresceu o número de brasileiros que não pretendem tomar a vacina contra o coronavírus. Em agosto, 9% diziam que não tomariam o imunizante, enquanto 89% dos entrevistados disseram que sim, tomariam.

Pesquisadores e autoridades de saúde temem que os ataques às vacinas e o aumento da circulação de fake news comprometa os esforços para imunizar a população e conter o avanço da pandemia. Nas redes sociais, cresce a ação de grupos antivacina, que espalham informações falsas. No Brasil, o acirramento da disputa política que envolve a vacinação também tem estimulado diversos conteúdos enganosos ou distorcidos sobre as vacinas em teste. Algumas dessas informações beiram o absurdo, como a que diz que vacina vai modificar o DNA ou implantará chips. Essas fake news são apontadas como um dos fatores responsáveis pela queda nas coberturas vacinais. Não é de hoje que a cobertura vacinal vem diminuindo no País. Levantamento da OMS mostra que o Brasil aparece como um dos países que mais regrediram nos últimos cinco anos, com índice hoje de pouco mais de 70% de cobertura para difteria, tétano e coqueluche. Recentemente, a Organização Mundial da Saúde alertou instituições e autoridades sobre o que chamou de “infodemia”. Trata-se de teorias da conspiração, fake news, rumores e outros conteúdos que contribuem para aumentar os casos e as mortes por Covid-19. Para a OMS, a desinformação sobre as vacinas é uma grande ameaça à saúde global. É preciso que as autoridades de saúde, com apoio da imprensa e da sociedade civil, reforcem as campanhas educativas e facilitem o acesso àvacinação não apenas para a Covid. Caso contrário, não conseguiremos vencer a pandemia e voltaremos a registrar casos de doenças que pareciam erradicadas.

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