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Opinião

O turismo não aguenta mais lockdown

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Por Gilson Machado Neto - ministro do Turismo | Edição do dia 12/01/2021 - Matéria atualizada em 12/01/2021 às 04h00

Iniciamos no último dia 21 de dezembro o período mais importante da história do turismo brasileiro. A temporada de verão 20/21 será decisiva para a recuperação do setor mais fortemente afetado pela pandemia do novo coronavírus. As ações desenvolvidas pelo governo federal ao longo de 2020 evitaram o desmonte do turismo nacional e ajudaram o setor a se preparar para a retomada, com protocolos de biossegurança e ações de crédito de apoio, principalmente para o pequeno e micro empreendedor.

É consensual, tanto entre empresários e trabalhadores dos segmentos turísticos, que o setor não suporta um novo lockdown. As perdas serão fatais para muitas empresas e para os empregos que elas geram. A própria população brasileira tem demonstrado, dia após dia, seu desejo por voltar a viajar, após meses dentro de casa. É importante notar que, após meses de isolamento forçado, aprendemos a conviver com o vírus e a tomar todos os cuidados necessários para nos proteger do contágio. Não podemos deixar milhares de chefes de família em todo o país sem seu ganha pão. Promover o retorno de nossas atividades com segurança e assegurar a proteção aos turistas e trabalhadores não devem ser vistos como antagônicos, mas como processos perfeitamente complementares. Além de necessários. Perdemos aproximadamente 25% dos postos de trabalho, segundo membros do trade turístico. Índice bem menor que o observado em outros destinos, como o Caribe, com 70%. E isso só foi possível graças à agilidade e à liderança do presidente Jair Bolsonaro. Mas esse número ainda é alarmante, ainda mais em um país com quase 14 milhões de desempregados. Não podemos mais nos dar ao luxo de em nome de uma falsa premissa, de que saúde e preservação de empregos caminham separados, permitir passivamente o fechamento de atividades fundamentais para a sobrevivência de milhares de trabalhadores. Além de cercear unilateralmente o direito de ir e vir de milhões de brasileiros.

Como um orgulhoso integrante da força de trabalho do turismo, assumo o Ministério do Turismo com uma missão prioritária: trabalhar incansavelmente pela recuperação deste setor, que responde por 8,1% do PIB nacional. Número pífio frente a outras potências do turismo, como Espanha (14,6%) e Grécia (20%). O desafio é grande, mas não me falta vontade e disposição para trabalhar e garantir que nossa atividade seja vetor de recuperação econômica do nosso país.

Temos, pela primeira vez na nossa história, um presidente da República visionário e defensor do fortalecimento do turismo e um trade unido em prol da retomada. Agora é colocar o pé na estrada e fazer com que a política federal para o turismo chegue a cada canto desse país e consiga fazer a diferença, promovendo o desenvolvimento regional. Esse é o meu compromisso e acredito que teremos, em breve, excelentes resultados para celebrar.

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