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A direção da Frente Nacional de Prefeitos esteve com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para reiterar a importância de uma intensa campanha institucional sobre a vacinação.

Vale recordar o fato de o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, lançado em dezembro passado pelo governo federal, esmiuçou as ações de comunicação. Em dez páginas, os passos da campanha “Brasil imunizado. Somos uma só nação” Em meio a tanta controvérsia e fake news pelas redes sociais, a equipe técnica foi assertiva ao abordar a importância da difusão de mensagens institucionais acerca da vacinação. Consta lá no texto oficial: “A campanha tem como objetivo informar, educar, orientar e mobilizar, gerando consenso popular positivo em relação à importância da vacinação”. Ainda no preâmbulo, o Plano de Vacinação explicita a necessidade de a campanha publicitária nacional antecipar-se ao ato propriamente dito de aplicação do imunizante nas pessoas. A linha concebida vai ao encontro das expectativas dos dirigentes municipais, de incentivar a população sobre a necessidade da vacinação. Não ocorreu a disseminação antecipada das mensagens de cunho publicitário, como havia sido planejado, inclusive conscientizando acerca dos grupos prioritários. Tais conteúdos também devem contemplar preocupações da comunidade científica e dos formuladores de políticas sanitárias, que consideram como fundamental motivar a população para o recebimento da vacina, seja ela qual for, desde que tenha a chancela da Anvisa. Quem lida com a ciência e entende do riscado sabe que a ampla cobertura vacinal é, de longe, o fator preponderante para se controlar e erradicar uma epidemia. Seria importante que a vacinação já começasse com os meios difundindo a campanha institucional em defesa da vacina, caso esta estivesse efetivamente à disposição da maioria do povo.

Com um longo calendário de vacinação pela frente, em razão das falhas e dificuldades de articulação brasileira no contexto internacional, o imunizante ainda está sem data para chegar massivamente nos postos do SUS. Para se ter ideia da limitação, dos 31 milhões de doses necessárias à primeira fase, apenas seis milhões foram até agora viabilizadas.

Em Alagoas, por exemplo, o primeiro lote recebido atende pouco mais de um por cento dos alagoanos, levando em conta a aplicação das duas doses. Daí o entendimento de que, para auxiliar na mobilização e conscientização, a campanha federal vai precisar ser tão eficaz quanto a vacina, que precisa chegar com urgência e em quantidade suficiente para todos. A campanha, enfim, deve adequar-se ao tempo real de distribuição das doses tão aguardadas, tendo longevidade correspondente ao curso de imunização das pessoas.

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