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HISTÓRIA DE LUTA

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Ontem, em todo o mundo, foi celebrado o Dia Internacional da Mulher. Diferentemente de outras datas, criadas com apelo comercial, o 8 de março tem raízes históricas e ligadas à luta das mulheres por reconhecimento e igualdade de direitos.

Oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, a efeméride é comemorada desde o início do século 20 e está relacionada ao incêndio ocorrido em Nova Iorque no dia 25 de março de 1911 na Triangle Shirtwaist Company, quando 146 trabalhadores morreram, sendo 125 mulheres e 21 homens. O episódio trouxe à tona as más condições enfrentadas por mulheres na Revolução Industrial. De lá para cá, as mulheres obtiveram grandes conquistas e ocupam cada vez mais espaços na sociedade. Entretanto, ainda há muitas barreiras a superar. De acordo com o IBGE, elas são 51,8% da população brasileira, mas enfrentam cenários desiguais, seja na divisão das tarefas domésticas ou nos ganhos no mercado de trabalho. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), em 2018, 45% dos domicílios brasileiros eram comandados por mulheres. Há ainda a questão da discriminação. Estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) mostra que 90% da população mundial ainda tem algum tipo de preconceito na questão da igualdade de gênero em áreas como política, economia, educação e violência doméstica. Segundo o estudo, que analisou dados de 75 países, cerca de metade da população considera que os homens são melhores líderes políticos do que as mulheres, e mais de 40% acham que os homens são melhores diretores de empresas. A presença feminina em postos de liderança e em áreas de destaque, como a ciência e a política, ainda é menor que a masculina. Atualmente, elas são cerca de 54% dos estudantes de doutorado do Brasil, mas, em áreas como ciências da computação, engenharia, tecnologia e matemática elas representam menos de 25%. O fato é que o 8 de março é uma data para ser celebrada, mas também deve servir como um momento de reflexão e de vigília constante contra preconceitos, discriminação e falta de reconhecimento.

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