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Nº 5759
Opinião

Combate � infla��o

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o resultado da inflação medido através do IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo) em 2003: 9,3%. O resultado é superior ao centro da meta de inflação para o ano passado (8,5%), mas se si

Por | Edição do dia 17/01/2004 - Matéria atualizada em 17/01/2004 às 00h00

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o resultado da inflação medido através do IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo) em 2003: 9,3%. O resultado é superior ao centro da meta de inflação para o ano passado (8,5%), mas se situa dentro do intervalo de tolerância de 2,5% pontos percentuais para cima. O sistema de “metas para a inflação” foi adotado inicialmente pela Nova Zelândia em 1990. Diversos outros países seguiram seu exemplo, como Chile, Canadá, Turquia, África do Sul, dentre outros. O sistema é aparentemente simples. Aqui no Brasil, ele funciona assim: as metas de inflação são fixadas anualmente, com um intervalo de tolerância, cabendo ao Banco Central (BC) “executar as políticas necessárias para cumprimento das metas fixadas”. Seus defensores asseguram que o recuo inflacionário é conseguido com a imposição de menos sacrifícios à sociedade. Além disso, afetaria bem menos o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nos países que adotam o modelo do que os métodos convencionais de combate à inflação. Outra virtude do sistema de metas seria de que o combate à inflação passa a ser o objetivo final da política monetária. Seu sucesso, no entanto, estaria assentado na credibilidade da autoridade monetária, no caso do Brasil, no BC. Os agentes econômicos precisam estar convencidos de que o Banco Central está realmente comprometido com as metas fixadas (daí se deduz que as expectativas da sociedade convergiriam para as metas), para que a política monetária obtenha êxito. No caso do Brasil, o sistema de “metas para a inflação” vem sendo responsável pelo baixo crescimento do PIB. Para atingir as metas, o BC vem mantendo a taxa básica de juros da economia (taxa Selic) elevada para manter a inflação sob controle. Mesmo o movimento de baixa acontecido no último semestre (por pressões políticas) de 2003, foi insuficiente para reverter a tendência (as últimas estimativas de crescimento do PIB no ano passado se situam ente 0,10% e 0,11%), pois é da própria essência deste sistema ser o combate à inflação o único objetivo a ser perseguido.

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