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Tem início amanhã a Cúpula dos Líderes sobre o clima, um evento virtual convocado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Antes uma referência na política ambiental, o Brasil chega ao encontro sob os olhares desconfiados do resto do mundo. O País vem sendo pressionado pela comunidade internacional a melhorar suas ações, sobretudo para diminuir os índices de desflorestamento na Amazônia.

Será preciso apresentar ações concretas para mudar a atual imagem do Brasil, que está muito arranhada. Nos primeiros anos do governo Bolsonaro, o País registrou dois dos maiores índices de focos de incêndios florestais na última década. Além disso, entidades têm denunciado o desmonte dos órgãos de fiscalização. Para reverter a situação, Bolsonaro enviou uma carta de sete páginas ao presidente Joe Biden relatando seus planos para preservar a floresta, que vão desde a regularização fundiária à venda de crédito de carbono. Sem detalhar a proposta, Bolsonaro disse que o Brasil pode antecipar em 10 anos, para 2050, o objetivo de chegar à neutralidade climática, mas afirmou que, para isso, depende da viabilização de “recursos anuais significativos, que contribuam nesse sentido”. Em resposta, o enviado especial do Clima do governo dos Estados Unidos, John Kerry, disse que a carta é “importante”, mas que espera “ações imediatas” e o “engajamento com as populações indígenas e a sociedade civil para que este anúncio possa gerar resultados tangíveis”. Apesar disso, a expectativa é de que o governo use a oportunidade para buscar recursos. Correndo por fora, um grupo que reúne 23 governadores, enviou uma carta a Biden abrindo um canal de diálogo com a Casa Branca e se dispondo a ter papel de protagonismo na luta em defesa da Amazônia e dos demais biomas ameaçados. No texto de três páginas os políticos de diferentes matizes ideológicas se colocam à disposição para implementar as metas previstas no Acordo de Paris e receber “de forma transparente” os recursos para a conservação ambiental. Espera-se que as intenções do governo se transformem em ações concretas e o Brasil conseguirá, a partir de agora, limpar sua imagem.

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