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Nº 5759
Opinião

Desafio mundial

Começou, ontem, em Madri, a Assembléia Mundial sobre o Envelhecimento, destinada a discutir questões das mais importantes, como os desafios políticos, econômicos e sociais causados pela “transformação demográfica sem precedente no mundo”, conforme destaco

Por | Edição do dia 09/04/2002 - Matéria atualizada em 09/04/2002 às 00h00

Começou, ontem, em Madri, a Assembléia Mundial sobre o Envelhecimento, destinada a discutir questões das mais importantes, como os desafios políticos, econômicos e sociais causados pela “transformação demográfica sem precedente no mundo”, conforme destacou o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, na abertura do evento. Ele alertou para o fato de que a população mundial com mais de 60 anos quadruplicará nos próximos 50 anos, para atingir os 2 bilhões, e ultrapassará em número, pela primeira vez, a parcela de menores de 15 anos. E isso provocará a quebra de sistemas de saúde, de pensões e seguros sociais, por causa da redução proporcional da população economicamente ativa, que contribui financeiramente para a manutenção desses serviços. Mais adiante, o secretário-geral afirmou que, definitivamente, envelhecimento não é mais uma questão de primeiro mundo. “Como as pessoas são cada vez mais bem educadas, vivem mais e permanecem saudáveis por mais tempo, pessoas mais velhas podem contribuir, e contribuem, para a sociedade mais que nunca”, disse. Esperamos que, com a reunião mundial em Madri, os governantes de várias regiões do planeta, principalmente das mais carentes em políticas públicas voltadas para o idoso, como o Brasil, não mais demorem com as medidas necessárias. Os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o País tem cerca de 14 milhões de pessoas com mais de 60 anos. Só em nosso Estado, são mais de 200 mil. E sabemos das deploráveis condições sociais e econômicas em que vive a maioria. Até mesmo do segmento populacional constituído de jovens. Especialmente em relação à assistência a saúde. Como mostra a pesquisa do Gape, realizada em Maceió, e que publicamos domingo. Mais da metade da população não procura médico por não ter dinheiro e não tem assistência garantida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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