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Nº 5759
Opinião

Cidadania atenta

Questão fundamental para a democracia, a Liberdade de Imprensa foi tema de reunião, ontem, entre autoridades do governo e lideranças da sociedade civil alagoana. Esse foi o caso tratado ontem, quando a ameaçadora postura pública do deputado João Beltrão

Por | Edição do dia 17/02/2004 - Matéria atualizada em 17/02/2004 às 00h00

Questão fundamental para a democracia, a Liberdade de Imprensa foi tema de reunião, ontem, entre autoridades do governo e lideranças da sociedade civil alagoana. Esse foi o caso tratado ontem, quando a ameaçadora postura pública do deputado João Beltrão contra jornalistas da GAZETA DE ALAGOAS foi analisada. Estiveram reunidos para debater esse assunto o secretário de Defesa Social, o presidente e o vice-presidente da seccional Alagoas da Ordem dos Advogados do Brasil e o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas. O presidente da OAB/AL, Dr. Marcos Bernardes de Mello, deixou clara a preocupação daquela entidade para com a realidade alagoana e informou que enviará ao ministro da Justiça um documento onde relata as ameaças contra jornalistas. Everaldo Patriota, vice-presidente da OAB/AL e presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos, acrescentou que a liberdade de informar “não pode ser aviltada por qualquer pessoa, por mais autoridade que detenha”. O presidente do Sindicato dos Jornalistas, Antônio Pereira, foi firme ao cobrar as responsabilidades de quem quer que ameace, seja ou não parlamentar. A preocupação da Ordem dos Advogados do Brasil e do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas é procedente. Basta um rápido olhar sobre a história recente para sentir a dramaticidade do cenário alagoano. O jornalismo alagoano tem procurado fornecer à opinião pública alagoana os elementos de informação necessários para que a cidadania posse ser exercida, para que – pelo menos – os crimes e a violência não caiam nas sombras do esquecimento e do silêncio, onde florescem os maiores perigos, pois esquecer e silenciar são os primeiros passos da impunidade. A GAZETA DE ALAGOAS tem cumprido o seu papel, e não se curva, não cogita deixar de desempenhar essa missão que é ao mesmo tempo profissional e cidadã. E, em reuniões como a de ontem, a sociedade se manifesta, dá sua opinião, cobra soluções e responsabilidades. Continuaremos, juntos, nessa senda. Seguiremos informando sobre processos, ameaças, crimes e tudo mais que a cidadania alagoana precisa combater e se libertar.

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