loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
segunda-feira, 17/03/2025 | Ano | Nº 5924
Maceió, AL
25° Tempo
Home > Opinião

Opinião

FUTURO AFETADO

.

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp

Um estudo da organização não governamental (ONG) Plan International mostrou que 95% de meninas e jovens mulheres tiveram suas vidas afetadas de forma negativa pela pandemia de Covid-19. Para as jovens, a educação foi a área mais atingida. O acesso limitado à tecnologia, o apoio insuficiente de escolas e faculdades e o espaço físico para estudar foram as principais dificuldades enfrentadas na educação em casa.

A solidão e as responsabilidades domésticas também interferiram na capacidade das meninas de acompanhar o ensino a distância enquanto as escolas e faculdades foram fechadas. Nas entrevistas, as jovens relataram dificuldades de concentração e foco ao estudar em casa. Elas também citaram a falta de dinheiro para planos de dados, telefones celulares e outros custos relacionados ao aprendizado online, além do fato de não ter ninguém para ajudar a explicar lições ou conceitos, como barreiras frequentes para aprender durante a pandemia. Para reduzir os impactos do cenário revelado pela pesquisa, a organização defende que os governos reúnam esforços para lidar com as barreiras financeiras impostas às meninas, além de reforçar o treinamento para professores e alunos no uso da tecnologia, para melhorar a qualidade do ensino a distância em países onde as escolas permanecem fechadas, e para que a educação seja mais resiliente em caso de crises futuras. O fato é que ainda não há como mensurar os prejuízos que a pandemia tem causado à educação. A situação é mais complicada para estudantes da rede pública, que, em sua maioria, não dispõe de condições adequadas para acompanhar, de forma efetiva, as aulas remotas, como um bom equipamento e uma boa conexão de internet. Assim, a tendência é que aumento o fosso entre a educação pública e a privada. Há também a questão dos professores, que tiveram de se reinventar e se desdobrar para conseguir transmitir os conteúdos de forma remota. Passada a pandemia, será preciso um grande esforço para recuperar o tempo perdido. Os órgãos que cuidam da educação no País já têm de estar se preparando para isso.

Relacionadas