Opinião
SEM NOÇÃO
.

Depois de um início claudicante, a vacinação contra a Covid aos poucos vai avançando no Brasil. Já são mais de 100 milhões de doses aplicadas. Os resultados começam a aparecer, com a diminuição da média móvel de óbitos e a redução da taxa de ocupação das UTIs. Além disso, também se registra a queda do número de mortes entre idosos, um dos primeiros grupos a serem beneficiados com a vacina.
Entretanto, algumas atitudes acabam atrapalhando esse esforço para conter a pandemia. Uma dela é a preferência por determinada vacina. Algumas cidades já criaram até medidas contra os chamados sommeliers de vacinas, pessoas que querem escolher qual imunizante tomar. Há também aqueles que conseguem burlar o sistema e está tomando até três doses e também há outros que se recusam a se vacinar ou tomaram a primeira dose mas não cumpriram o ciclo vacinal. Atualmente estão sendo aplicadas no Brasil cinco marcas de vacinas. Além da chinesa Coronavac, a primeira a chegar ao País, estão disponíveis os imunizantes da Astrazeneca, Pfizer e também da Janssen. Apesar de serem produzidas com técnicas distintas, todas passaram por testes rigorosos e foram aprovadas como seguras e eficazes. Nada justifica, portanto, a recusa de toma uma ou outra vacina. Há muito de ignorância e fake news nessa atitude. Veja-se o caso da Coronavac, que algumas pessoas desconfiam ser pouco eficaz contra a Covid. Em um estudo que acompanhou 10,2 milhões de pessoas vacinadas com o imunizante chinês no Chile, um grupo de cientistas constatou que a vacina tem 65% de eficácia geral (contra doença sintomática), 87% contra internação, 90% contra necessidade de UTI e 86% contra morte. Ou seja, a Coronavac se mostrou altamente eficaz, pois desde o início sempre se ressaltou que o objetivo das vacinas é reduzir os casos graves e as internações. No mundo inteiro está cada vez mais comprovado que a vacina é maneira mais efetiva de vencer a pandemia. É preciso, pois, que as autoridades de saúde, invistam em campanhas educativas para vencer a ignorância e a má-fé de algumas pessoas.