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O mais completo relatório de clima já produzido e divulgado ontem pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, o IPCC, na sigla em inglês, prevê cenários sombrios para o futuro da humanidade. Os especialistas dizem que o estrago está feito e as consequências serão sentidas por até milênios. Entretanto, ainda é possível evitar o pior.

De acordo com o documento do IPCC, a temperatura global subirá 2,7 graus em 2100, se o atual ritmo de emissões de gases de efeito estufa for mantido. No novo relatório, que saiu com atraso de meses devido à pandemia de Covid-19, o painel considera vários cenários, dependendo do nível de emissões que se alcance. Manter a atual situação, em que a temperatura global é, em média, 1,1 grau mais alta que no período pré-industrial (1850-1900), não seria suficiente: os cientistas preveem que, dessa forma, se alcançaria um aumento de 1,5 grau em 2040, de 2 graus em 2060 e de 2,7 em 2100. Esse aumento, que acarretaria mais acontecimentos climáticos extremos, como secas, inundações e ondas de calor, está longe do objetivo de reduzir para menos de 2 graus, fixado no Acordo de Paris, tratado no âmbito das nações, que fixa a redução de emissão de gases de efeito estufa a partir de 2020, impondo como limite de subida 1,5 grau centígrado. O estudo da principal organização que estuda as alterações climáticas, elaborado por 234 autores de 66 países, foi o primeiro a ser revisto e aprovado por videoconferência. Os peritos reconhecem que a redução de emissões não terá efeitos visíveis na temperatura global até que se passem duas décadas, ainda que os benefícios para a contaminação atmosférica possam ser notados em poucos anos. Não há dúvidas de que o relatório é um alerta vermelho em nível máximo que deve fazer soar os alarmes sobre as energias fósseis que afetam o planeta. Mais do que isso, mostra a necessidade de unir esforços agora para minimizar a catástrofe climática. O fato é que não há mais espaço para negacionismo, muito menos para políticas que vão na contramão desse esforço internacional.

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