Opinião
SÃO JOÃO MARIA VIANNEY, INSPIRAÇÃO PARA OS SACERDOTES
.

“Com respeito é preciso lembrar que São João Maria Vianney (sec. XVIII-XIX) superestima e quase endeusa o padre. Não é mais assim. A teologia e a espiritualidade dos presbíteros pós-conciliar são outras. Sejamos fiéis ordenados ao serviço do Evangelho do Reino e tudo que isso implica. A pessoa de Jesus, o bom pastor, seja nossa inspiração”. (Dom Joaquim Giovani Mol Guimara?s)
(1) Precisamos de pastores preocupados com a salvação das almas. Dedicados com amor ao serviço de conduzir o povo ao coração de Jesus. Quiséramos que tivéssemos tantos São João Maria Vianney. A teologia que vossa excelência conhece do Vaticano II, ressalta: O centro da espiritualidade e vida do presbítero é a EUCARISTIA. (2) Triste da parte de um sucessor dos apóstolos, a defesa ideológica, seletista, classista e partidária. Sou um simples padre de periferia. Sem o estudo dos doutos na teologia e filosofia, mas aprendi que povo deseja que padre seja padre. Celebre com dignidade os sacramentos, sobretudo, a Eucaristia e a Confissão, seguindo o estupendo e belo exemplo de São Cura d’Ars. (3) “Como ministros das coisas sagradas, é sobretudo, no sacrifício da missa, que os presbíteros, dum modo especial, fazem as vezes de Cristo, que se entregou como vítima para a santificação dos homens. Por isso, são convidados a imitar aquilo que tratam, enquanto, celebrando o mistério da morte do Senhor, procuram mortificar os seus membros de todos os seus vícios e concupiscências.” (4) “No mistério do sacrifício eucarístico, em que os sacerdotes realizam a sua função principal, exerce-se continuamente a obra da nossa Redenção. Por isso, com instância, se recomenda a sua celebração quotidiana, porque, mesmo que não possa ter a presença dos fiéis, é acto de Cristo e da Igreja. Assim, enquanto os presbíteros se unem com a própria acção de Cristo sacerdote, oferecem-se todos os dias totalmente para Deus, e, alimentando-se do Corpo do Senhor, participam amorosamente da caridade d’Aquele que se dá como alimento aos fiéis.” (5) “De igual modo, na administração dos sacramentos, unem-se à intenção e caridade de Cristo, o que se dá especialmente quando se mostram sempre totalmente dispostos a administrar o sacramento da Penitência todas as vezes que os fiéis racionalmente o pedirem. Na recitação do ofício divino, emprestam à Igreja a sua voz, que persevera na oração, em nome de todo o gênero humano, unida a Cristo, «sempre vivo a interceder por nós» (Hb. 7,25).” (6) Os três últimos parágrafos são os textos mais profundos e ricos do documento PRESBYTERORUM ORDINIS, 13. A hermenêutica teológica marxista, materialista, imanentista, prejudica, de modo perigoso, a vida e missão da Igreja, pois se sobressai a compreensão de que a vida se resume na matéria, ora, esquecendo da Transcendência Divina. Os pastores esqueceram da vida eterna. Sim, Vianney, continua sendo o modelo de sacerdotes para todos nós. O padre não pode ser endeusado, concordo, mas também não esqueçamos: “Em verdade, todo pontífice é escolhido entre os homens e constituído a favor dos homens como mediador nas coisas que dizem respeito a Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados.” (Hb 5,1) A função própria de todo sacerdote, inclusive, na Sagrada Escritura, é o SACRIFÍCIO. O CULTO. A PREGAÇÃO. (7) “Hoje, memória de São João Maria Vianney, convido-vos a rezar de maneira especial pelos vossos párocos e por todos os sacerdotes. Que eles, inspirados pelo exemplo do Santo Cura D’Ars, ofereçam suas vidas à missão de pregar o Evangelho da salvação.” (Papa Francisco) (7) Desejo, com muita humildade, que redescubramos o valor da fé, sem relativismo. “Amor a Cristo, fidelidade à Igreja; amor à Igreja, fidelidade a Cristo.” (Dom José Ruy)