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SEM ORDEM, SEM PROGRESSO

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O Agronegócio, responsável por 27% do nosso PIB e grande suporte da nossa economia, se manifestou sobre o clima de instabilidade nacional: “O desenvolvimento econômico e social do Brasil, para ser efetivo e sustentável, requer paz e tranquilidade, condições indispensáveis para seguir avançando na caminhada civilizatória de uma nacionalidade fraterna e solidária, que reconhece a maioria sem ignorar as minorias, que acolhe e fomenta a diversidade, que viceja no confronto respeitoso entre ideias que se antepõem, sem qualquer tipo de violência entre pessoas ou grupos. Acima de tudo, uma sociedade que não mais tolere a miséria e a desigualdade que tanto nos envergonham”. O Agronegócio é a favor da democracia e contra radicalismos.

A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e mais de 200 grandes empresas demonstraram igual apreensão dos setores financeiro e produtivo, principalmente os bancos de investimentos da Faria Lima, preocupados em perder todos os ganhos do setor desde 2010 na bolsa de valores. Os presidentes do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF), ex-presidentes da República, com exceção de Dilma Rousseff, todos os governadores e a Frente Nacional de Prefeitos se manifestaram incondicionalmente pela democracia. Ninguém conseguiu descobrir nenhum comunista infiltrado no grande empresariado nacional que dificilmente se manifesta contra o governo, só quando a situação está insuportável. Os manifestos do PIB privado estão associados a más perspectivas econômicas brasileiras pelas contínuas ações desestabilizadoras do chefe do Executivo, agravadas com a incitação a atos antidemocráticos no dia 7 de setembro, que pedem o fechamento do Congresso, do Supremo Tribunal Federal, a instalação de ditadura e até guerra civil...

Extremistas, entre os quais uma minoria barulhenta, mas insubordinada, nas Polícias Militares, despreza os seus regulamentos, faz ameaças às autoridades e às instituições, e são igualados em desatinos com reverendos neopentecostais que rasgam a Bíblia e apoiam uma subversiva proposta de comprar fuzis no lugar de feijão. Em relação ao pressuposto para um golpe na democracia, a surpresa: o apoio das Forças Armadas e do setor produtivo não existe. Mas a anarquia está sendo promovida pelos defensores de ditaduras. Arruaças e badernas são inimigas ferrenhas do mercado, que precisa estabilidade para gerar riqueza e empregos. A expressão que preenche a bandeira nacional - “Ordem e Progresso” - é a forma abreviada do lema positivista formulado pelo filósofo francês Auguste Comte e significa: “O amor por princípio, e a Ordem por base; o Progresso por fim”. As manifestações do PIB privado brasileiro a respeitam, mas o chefe do Executivo, não. No dia 8 de setembro, teremos a inflação crescente, o desemprego elevado, a crise hídrica, o alto custo da energia elétrica e dos alimentos, que se agravam com essas maluquices e que precisam de equilíbrio e responsabilidade para resolvê-las.

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