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Nº 5759
Opinião

Mundo c�o

Há tantas coisas na vida que passam despercebidas e outras que marcam para a eternidade. Cada um de nós tem algo a falar da sua trajetória neste planeta terráqueo. Uns por haverem praticado ações agradáveis em seu proveito e de outrem; outros, pela prátic

Por | Edição do dia 05/10/2010 - Matéria atualizada em 05/10/2010 às 00h00

Há tantas coisas na vida que passam despercebidas e outras que marcam para a eternidade. Cada um de nós tem algo a falar da sua trajetória neste planeta terráqueo. Uns por haverem praticado ações agradáveis em seu proveito e de outrem; outros, pela prática de maldade e só haverem prejudicado pessoas, ao ponto de destruí-las. Essas criaturas são oriundas de uma metamorfose filosófica jamais compatível com a razão humana. Ao chegarmos neste mundo desconhecemos por completo nosso destino. O habitat de cada um foi, sem sombra de dúvidas, o seu horizonte e o direcionamento a ser tomado diante das vicissitudes costumeiras do dia a dia. Não cremos no destino. Acreditamos no determinismo que certamente nos conduzirá ao porto seguro. Há duas teorias que classificam o comportamento do homem da seguinte forma: o homem nasce bom, mas o meio corrompe-o; enquanto a outra afirma que o ser humano ao nascer já traz dentro da sua composição biopsíquica toda mazela e indução à delinqüência; no entanto, o ambiente poderá transformá-lo em um anjo de luz. É público e notório que o mal existe desde os primórdios, pois Caim matou o próprio irmão por inveja e, ao tentar ocultar-se, fora chamado por seu nome pelo Criador. Vivemos em um verdadeiro oceano de incertezas e criminalidades. A cada dia surge uma nova espécie de delito. A classificação dos crimes ocorridos e a proliferação dos mesmos tomam a cada instante rumos diferentes, transformando a pessoa no lobo de si própria. Na atual conjuntura, delitos hediondos são praticados todos os dias.Os valores do ambiente familiar e até espiritual pouco a pouco desaparecem da nossa sociedade. O dinheiro e o status substituem a moralidade e o bem comum. É uma verdadeira inversão de valores. O homem passa a ser escravo de quem tiver maior poder aquisitivo. Os crimes de mando, narcotráfico, sequestro, pedofilia, assalto à mão armada e a improbidade de maneira geral recaem sobre a humanidade semelhante a uma tromba d’água que destrói todos. Em nosso Estado matam-se mais pessoas, principalmente jovens, do que mesmo no Rio de Janeiro e até no Iraque. Será que essa onda de delitos persistirá por muito tempo, ou é apenas um vendaval? Aguardaremos o futuro. Portanto, este mundo cão é mais prejudicial do que mesmo uma epidemia, visto que essa ataca apenas o corpo, que retorna a sua origem; enquanto os elementos que representam esta situação de miserabilidade assassinam além da matéria, a alma de cada um de nós. Travaremos um bom combate, sem cessar um minuto, sobre essas forças antagônicas e satânicas, porque esses elementos nocivos à sociedade passam logo, quando não, a própria natureza os exterminará do nosso meio. (*) É advogado.

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