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Opinião

A natureza pede socorro

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Por MILTON HÊNIO - médico e membro do Conselho Estratégico da Organização Arnon de Mello | Edição do dia 25/09/2021 - Matéria atualizada em 25/09/2021 às 04h00

Assistimos todos os dias pela televisão os incontáveis incêndios nas diversas cidades brasileiras, principalmente nos Estados de Goiás, Minas Gerais e Amazonas. É muito fogo, muita fumaça agredindo a natureza e causando muitas tragédias. O alerta é dado ultimamente a toda hora através dos meios de comunicação: o planeta está fervendo. A ONU divulgou o relatório de cientistas do mundo todo com dados alarmantes, anunciando catástrofes frequentes e gravíssimas e o que é pior: a culpa é nossa. O homem na ânsia de ganhar dinheiro destrói a natureza, corta árvores centenárias, polui os rios e os mares, altera a beleza da natureza em benefício próprio. E então ela reage, ela protesta com o tempo, ficando cada vez mais agredida, com o aumento da potência e do número de furacões, secas desastrosas e inundações devastadoras. Milhares de vidas são roubadas do planeta bruscamente. Choro, lágrimas, desespero, terremotos, ventos fortes estão sendo vistos como nunca em vários países. Os cientistas do mundo inteiro acham que o calor está ameaçando a face da terra. E qual o nosso futuro? É uma interrogação. Com o progresso, o aumento do número de veículos circulando, a natureza sendo agredida a todo instante, não sabemos o que nos espera. É o mundo angustiado, aflito.

Confesso que sou apaixonado pela natureza. Não canso de olhá-la, de usufruir da sua beleza. A natureza tem vida e se agita por si mesma. Se morre a flor, outra renasce em um espetáculo de ordem, de perfeição, de beleza e poesia. Como o homem, as árvores cumprem igual destino humano pelo fenômeno misterioso da reprodução. Em cada uma delas, a expressão de vida está sempre presente na linguagem universal do amor. A natureza não é apenas generosa, mas também útil e mestra. É mestra porque nos ensina o significado da ordem e da harmonia do mundo, este mundo tão egoísta; é útil porque dá sombra ao fatigado que passa e frutos a todo aquele que tem fome. Como o homem, as árvores cumprem igual destino humano pelo fenômeno misterioso da reprodução. Em cada uma delas, a expressão de vida está sempre presente na linguagem universal do amor. Confesso que a mim basta, como verdade das mais positivas, sentir a natureza na sua virgindade primitiva, como síntese na majestade das grandes florestas, com um pôr-do-sol afogueado, vastidão azul de um belo mar, na tranquilidade do rio que passa, enfim, na universalidade da natureza viva. Por isso, quando vejo uma árvore abatida pelo egoísmo humano, fico triste, não apenas por ela, mas pelos pássaros que perderam o abrigo e o repouso nas noites frias de inverno. Vamos, então, preservar a natureza, para que ela não se revolte e mude a fisiologia do mundo. Meu caro leitor, chegou a primavera acompanhada de uma beleza imensa na natureza. Saiba aproveitá-la bem. Ela é abundante em nossa querida terra alagoana, um belíssimo coqueiral e um mar deslumbrante. Seja sempre feliz.

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