Opinião
SORRIR É INTERESSANTE
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As histórias engraçadas eternizam as viagens, transformando-se em temperos gostosos, todas as vezes que são relembradas. E assim também aconteceu com Jesualdo, Germínia e Generosa, que resolveram viajar mundo afora.
Já em Lisboa, hospedados perto do Shopping Colombo, resolveram passear no centro da cidade. Ao chegarem à estação do metrô, compraram bilhetes com uma nota de cem euros, e como não tinham dinheiro em espécie, por engano programaram a máquina para devolver todo o troco em moedas. Chegando ao centro, foram visitar o celebre Mercado da Ribeira, onde funcionam dezenas de bares e restaurantes, para deleite dos visitantes. Escolheram um deles bem aconchegante, onde se alimentaram com fartura. Ao final, o garçom ofereceu café. Jesualdo respondeu: - Sim, aceito um! Generosa falou: - Dois! E Germínia, seguindo os tios, disse: - Três! Minutos depois, o moço depositou seis xícaras de café na mesa. Na hora do pagamento da conta, resolveram fazê-lo usando o troco que haviam recebido. Ao realizarem a entrega do monte de moedas que possuíam, o caixa lhes informou que não podia aceitar por se tratarem não de euros, mas de moedas para viajar no metrô.
No dia do embarque para Paris, ao chegar no aeroporto, o trio foi orientado a realizar o check-in no totem ali existente. Em determinado momento, Generosa gritou: - Jesualdo, estamos com problema!
Questionada, ela explicou que, ao preencher os dados solicitados em determinado espaço, verificou que seria preciso inserir o número do “Visa”, enquanto que ela somente possuía Master Card. Ao chamar o funcionário da companhia aérea, este digitou o número do visto do passaporte e tudo se resolveu. Não sabiam que “visa” significa visto. Ao chegar em Paris e se registrarem no hotel, por engano deram uma nota de dois reais ao rapaz, um afro descendente tipo guarda roupa, que os ajudou com as malas. Mais tarde ao saírem, do quarto encontraram o dinheiro bem amassado e jogado próximo à porta do aposento. E o pior: o cidadão estava no lobby e todas as vezes lhes olhava com a cara mais feia do mundo. Já na rua, com fome, resolveram comprar algo em uma conveniência. Queriam comer pouco para não perder o apetite, já que tinham um jantar agendado em um dos restaurantes da Galeria Lafayete. Germínia, que não falava nem entendia francês ou inglês, optou por um yogurt, só que o copinho que adquiriu era de manteiga, e, o que é pior, colocou uma colherada na boca. Ao continuar o passeio, encontraram perto da Catedral de Notre Dame um banheiro público, daqueles que se paga para usar. Jesualdo, que estava apertado, entrou, e ao término procurou acionar a torneira da pia para lavar as mãos, não conseguindo achar o registro. Quando já tinha desistido, um cidadão ao seu lado esticou o pé e pisou em um dispositivo no chão, fazendo a água jorrar. Bem envergonhado, sorriu e agradeceu. Jesualdo sozinho é um horror, imagine os três juntos.