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quarta-feira, 30/07/2025 | Ano | Nº 6021
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Opinião

Com amor e empatia

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Os antigos clínicos franceses diziam: “Dans la médecine, comme dans l’amour, ni jamais, ni toujours”. A comparação da medicina com o amor é muito pertinente. Porque a relação médico-paciente é inevitavelmente regida pela emoção. Pela angústia muitas vezes. A doença nasce em silêncio. Seja pela ação de germes ou substâncias nocivas ou por processos endógenos, sutis alterações processam-se nas células que podem evoluir para doenças agressivas: é a enfermidade em marcha. Silenciosamente, imperceptivelmente, implacavelmente.

Nesta semana, uma jovem de 33 anos retratou isso: oriunda da Zona da Mata, casada e sem filhos, realizara o seu maior sonho e adotara um bebê, quando foi diagnosticada com um câncer de mama agressivo. Sofreu com o diagnóstico e a longa batalha a ser travada, mas pediu forças a Deus para superar a enfermidade e poder criar seu bebê, acreditando que teria ainda outras missões a cumprir. Desde então, dedicara-se corajosamente ao seu tratamento e também a estimular e a ajudar outras pacientes em situação semelhante, mas que haviam perdido a coragem, a esperança, e daí, alquebradas e deprimidas, desistiam de realizar seus tratamentos. Ela age, erguendo-as das suas prostrações e proferindo palestras motivadoras.

Uma superação, doação e empatia com os seres humanos, vindas de uma pessoa intensamente desgastada, A medicina vem salvando vidas nessa longa pandemia de Covid-19, que segundo o consultor médico da Casa Branca Dr. Anthony Faucci, virologista consagrado, permanecerá circulando em nosso meio e qualquer queda de imunidade poderá propiciar um novo surto de infecção. A medicina curativa alcança avanços a cada dia, mas prevenir doenças, antes que possam se manifestar, é uma das principais e mais sagradas práticas da medicina. As vacinas são o maior exemplo de bondade, respeito e empatia ao ser humano, e que maravilha seria se as tivéssemos para todas as doenças! Miguel Couto afirmava: “Se toda a medicina não está na bondade, menos vale dela separada”.

Para praticar a medicina com arte e ética, necessitar-se-á sempre de muita empatia, pois ela é um ato de amor ao próximo. Medicina não existe com ódio, amargura e raiva. Aliás, nada de bom prospera sob o domínio do ódio. Temos entre nós um exemplo perene desse amor, dessa dedicação e dessa doação no exercício da medicina. Aos 85 anos, completados nesta semana, o Dr. Milton Hênio, mesmo afastado do consultório por força da pandemia de Covid-19, nunca abandonou os seus pacientes e todos aqueles que o procuram pelo telefone, desde a madrugada, sejam os pais aflitos com filhos febris, acometidos de males diversos, sejam senhores de cabelos brancos que foram seus pacientes quando crianças e o buscam sempre, porque confiam nele. Salve Milton Hênio, nosso maior exemplo do que a medicina e a cidadania podem ter de melhor. Tenha muitos e saudáveis anos de vida!.

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