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Nº 5759
Opinião

Viol�ncia no campo

Conflitos no campo marcam – também – a história do Brasil. Em diferentes épocas, ataques a pequenos produtores serviram para a “demarcação compulsória” de terras. Nos capítulos mais trágicos, registram-se crimes de todo tipo, inclusive assassinatos. Se

Por | Edição do dia 12/12/2010 - Matéria atualizada em 12/12/2010 às 00h00

Conflitos no campo marcam – também – a história do Brasil. Em diferentes épocas, ataques a pequenos produtores serviram para a “demarcação compulsória” de terras. Nos capítulos mais trágicos, registram-se crimes de todo tipo, inclusive assassinatos. Sempre lembrado como referência desse histórico de violação aos direitos das pessoas, o massacre de Eldorado do Carajás entrou para as estatísticas e o noticiário internacional. Em tempos mais recentes, a eliminação da missionária Dorothy Stang, mais uma vez, deu notícia do Brasil ao mundo. E um dos casos mais emblemáticos também levou o País para o olho do furacão: o assassinato do líder Chico Mendes. Nos últimos dias, o assassinato de um integrante de movimento sem-terra em Alagoas reacendeu a tensão no campo. Os movimentos procuraram as autoridades constituídas para pedir providências. Ministério Público e governo foram informados do clima de medo em algumas áreas de acampamento. É algo realmente grave e precisa de acompanhamento especial. Sabe-se que não são poucos os problemas que atingem fazendas hoje destinadas à reforma agrária. É verdade também que, ao mesmo tempo que movimentos enfrentam adversários entre proprietários, vão aumentando os conflitos internos, motivados por questões específicas de lideranças sem-terra. Existem ainda os casos em que integrantes de grupos de sem-terra se envolveram em delitos alheios à chamada luta pela reforma agrária. A relação com o tráfico de drogas é um desses problemas que atingem assentados e acampados. Seja como for, atenção máxima para esse segmento. O Estado não pode negligenciar na segurança em áreas rurais tomadas por disputas entre grupos. Que a terra seja motivo de paz, não de morte.

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