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Opinião

BAIXA ADESÃO

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A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) lançou ontem a campanha Paralisia Infantil - A Ameaça Está de Volta, para estimular a adesão à campanha de vacinação contra a poliomielite, que está sendo realizada desde o dia 8 deste mês pelo Ministério da Saúde. As ações serão realizadas nas redes sociais e junto a profissionais de saúde.

Desde 2015, o Brasil tem registrado queda de coberturas vacinais desde 2015. No caso da poliomielite, a preocupação de pesquisadores é que o movimento de queda coincide com o ressurgimento de casos em locais em que a doença já estava erradicada, como Estados Unidos, Malawi e Israel. No Brasil, o último caso confirmado foi em 1989. Estima-se que três em cada 10 bebês brasileiros nascidos em 2021 não tomaram as doses da vacina intramuscular contra a pólio, previstas para os 2, 4 e 6 meses de idade. A proteção contra a doença também requer doses em gotinhas aos 15 meses e aos 4 anos de idade, e, segundo o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações, somente 54% das crianças completaram o esquema vacinal no ano passado, enquanto a meta que deve ser atingida para garantir a imunidade coletiva é de 95% das crianças vacinadas. O Brasil é um dos poucos países que oferecem um extenso rol de vacinas gratuitas à sua população, com um programa que disponibiliza anualmente cerca de 300 milhões de vacinas contra mais de 30 doenças em aproximadamente 38 mil salas de vacinação espalhadas pelo território nacional. Para especialistas, um dos grandes problemas que levam a uma baixa adesão à vacinação é a falsa sensação de segurança em relação a doenças que as pessoas só não conhecem, ou nunca viram, porque foram vacinadas contra elas. Há também o efeito de fake news divulgadas pelas redes sociais atribuindo falsos efeitos colaterais às vacinas. Apesar de não ser tão forte quanto em outros países, o movimento antivacina tem encontrado adeptos no Brasil. De qualquer forma, as autoridades precisam reforçar as campanhas educativas e facilitar o acesso à vacinação. Caso contrário, o País voltará a registrar casos de doenças que pareciam erradicadas.

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