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Nº 5759
Opinião

Um sistema fr�gil

Mais uma rebelião com morte aconteceu, ontem, no primeiro presídio considerado de segurança máxima em nosso Estado, o Baldomero Cavalcanti. O morto foi um detento sacrificado pelos rebelados que ainda o transformaram numa tocha humana. O mais novo motim

Por | Edição do dia 18/04/2002 - Matéria atualizada em 18/04/2002 às 00h00

Mais uma rebelião com morte aconteceu, ontem, no primeiro presídio considerado de segurança máxima em nosso Estado, o Baldomero Cavalcanti. O morto foi um detento sacrificado pelos rebelados que ainda o transformaram numa tocha humana. O mais novo motim no sistema carcerário alagoano ocorreu um dia depois que quatro detentos, entre os quais um dos seqüestradores mais conhecidos no País terem escapado do Presídio São Leonardo. Estes dois lamentáveis fatos se juntam a outros que, infelizmente, viraram rotina no Brasil, um País com mais de 200 mil presos, entre os quais muitos reincidentes na prática de crimes hediondos. Raros os meses em que a sociedade brasileira não se sente ainda mais atemorizada com acontecimentos preocupantes como esses. Com cenas sangrentas dentro das casas de detenção que resultam em assassinatos e outras drásticas conseqüências sociais e econômicas, afora os enormes danos à imagem do País no Exterior. Como se já não bastassem os elevados índices dos vários tipos de crimes, principalmente de homicídios, seqüestros e assaltos, cada vez mais crescentes em São Paulo, no Rio de Janeiro e mesmo nos menores Estados. Tudo isto não é apenas deplorável, além de por demais assustador, diante das dificuldades que os órgãos da área de segurança enfrentam em todo o País para colocar os bandidos atrás das grades e manter as repartições do setor funcionando pelo menos razoavelmente. Desde as primeiras rebeliões e fugas promovidas nos estabelecimentos prisionais, há advertências e sugestões sobrando e que são necessárias para evitar o pior em termos de segurança em nosso Estado e em todo o território nacional. Casos como os que ora lamentamos e tememos não serão evitados apenas punindo diretores e funcionários dessas instituições públicas. E sim com as soluções defendidas ao longo dos anos por especialistas no assunto. E muitas delas podem ser produzidas com várias medidas já defendidas no próprio Conselho Estadual de Justiça e Segurança Pública, e que exigem o envolvimento de todos os poderes constituídos.

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