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RECURSOS E GESTÃO

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Reportagem do jornalista Arnaldo Ferreira publicada na edição deste fim de semana na Gazeta mostra que a saúde pública em Alagoas sofre problemas de gestão. De acordo com o Sindicato dos Hospitais, a Secretaria de Estado da Saúde mantém contratos precários, “de boca”, com hospitais e clínicas conveniadas ao Sistema Único do Saúde. Além disso, há atraso no pagamento dos serviços prestados, apesar de o governo federal repassar os recursos religiosamente no início de cada mês.

O SUS é um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo e tem o desafio de atender 190 milhões de brasileiros potencialmente usuários e 150 milhões que dependem exclusivamente desse sistema. Na pandemia do coronavírus, mostrou toda a sua importância, incluindo a grande campanha de vacinação. Apesar de inúmeras conquistas e avanços desde a sua criação, a saúde pública no Brasil enfrenta diversos problemas: longas filas, hospitais sem leitos, estrutura precária. Especialistas apontam como causa dessas deficiências dois principais fatores: problemas de gestão e subfinanciamento. O SUS é subfinanciado pois não recebe recursos suficientes para atender toda a população. Os gastos com saúde no Brasil estão muito abaixo de outros países que possuem sistemas públicos. É preciso que haja uma intervenção governamental na reformulação da política tributária nacional, possibilitando maiores investimentos na rede hospitalar municipal e regional e na atenção básica. Não basta, porém, aumentar os recursos. É imprescindível a melhoria no controle dos gastos. Assim, faz-se necessário aprimorar os sistemas de controle interno e externo, para que os serviços pagos tenham sido de fato realizados, coibindo a maquiagem na prestação de contas. Com uma gestão inadequada, vários recursos são desperdiçados, porque falta uma boa administração. Pode haver superfaturamento de materiais, compra de equipamentos caros sem que esses cheguem a sequer sair das caixas, medicamentos comprados em quantidade maior do que o necessário. Portanto, não há como se falar em aumentar os recursos para o SUS sem levar em conta a melhoria da gestão.

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