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Nº 5587
Opinião

BATALHA ANTIGA

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Por Editorial | Edição do dia 19/07/2022 - Matéria atualizada em 19/07/2022 às 04h00

Enquanto continuam lidando com a pandemia do novo coronavírus, as autoridades de saúde têm também uma grande preocupação, que é o aumento dos casos de doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue, zika e chikungunya, principalmente essa última. Em Maceió, quase 80% dos bairros estão em risco de enfrentar epidemia dessas três doenças. Em 15 deles, o risco é considerado alto, quanto 24 apresentam risco médio.

Não é uma situação nova. Há cerca de 30 anos o País convive com o mosquito Aedes aegypti e os ciclos de dengue sem que haja resultados efetivos. Ao acrescentar a transmissão de outras doenças pelo mesmo vetor, como chikungunya e zika vírus, bem como a suposta associação com o aumento do número de casos relacionados à microcefalia e síndrome de Guillain-Barré, constata-se que o País, sobretudo a região Nordeste, enfrenta uma séria ameaça à saúde pública. De acordo com pesquisadores, a hipótese mais provável para explicar a reintrodução do mosquito no Brasil é a chamada dispersão passiva dos vetores, através de deslocamentos humanos marítimos ou terrestres. Além disso, o relaxamento das medidas de controle permitiu sua reintrodução no país no final da década de 1960. Hoje o mosquito é encontrado em todos os estados brasileiros e, periodicamente, o País é assolado por epidemia de dengue. Essas epidemias geralmente começam com surtos isolados em alguns locais, começam a aumentar gradativamente o número de pessoas infectadas e há uma explosão de casos normalmente três, quatro anos depois de um determinado vírus ser introduzido em uma determinada comunidade. O caminho ainda é a prevenção, evitando-se a proliferação do mosquito transmissor. É preciso que tanto a população quanto o poder público não descansem enquanto a luta contra o mosquito não for vencida, ou pelo menos sua incidência seja reduzida. À população cabe tomar as medidas preventivas necessárias; ao governo, manter agentes de saúde atuando em número suficiente e com os recursos necessários, além de investir em campanhas educativas, para que as pessoas não relaxem.

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