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CIÊNCIA E SOBERANIA

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Brasília está sediando, até o próximo sábado (30), o maior evento científico da América Latina, a Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O evento, que chega à 74ª edição, traz como tema “Ciência, Independência e Soberania Nacional”, já que 2022 marca o bicentenário da Independência do Brasil, o centenário da Semana de Arte Moderna e as celebrações dos 60 anos da Universidade de Brasília.

Parece haver consenso de que o Brasil precisa investir em ciência, tecnologia, educação e pesquisa. Entretanto, o setor vem sendo prejudicado pelos cortes de recursos que vem sofrendo ao longo dos últimos anos. Mesmo em condições desfavoráveis – poucos recursos, falta de pessoas e de infraestrutura –, não raro cientistas brasileiros figuram entre os maiores e mais preeminentes do mundo. Pesquisadores brasileiros se destacam nas áreas de novos materiais e Biomedicina, segurança alimentar e metabolismo. São pesquisas que geram produtos, melhoria da condição social e humana, além de desenvolvimento econômico em larga escala. O que não fariam, então, se tivessem os meios adequados? A maior parte das pesquisas é feita nas universidades, que têm como missão contribuir para a evolução da sociedade por meio do ensino, pesquisa e extensão. Esse papel, contudo, vem se mostrando extremamente difícil. Burocracia, custos elevados, falta de recursos e a calamidade educacional brasileira são alguns dos obstáculos para esse processo. Já entre os fatores que dificultam o processo inovador no País estão o Custo Brasil, o excesso de burocracia e ineficiência do poder público em favorecer um ambiente criativo. Outros pontos negativos são falta de infraestrutura e acompanhamento esparso dos investimentos públicos nas pesquisas de inovação. O fato é que a ciência deve ser vista como uma área estratégica para o desenvolvimento do País. Os recursos, contudo, não devem vir apenas do poder público. É preciso que o setor privado também dê sua contribuição, ainda mais necessário no momento em que o Brasil atravessa uma de suas mais graves crises econômicas.

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