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Opinião

Caminhos da Vida

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Por Venildo Trevizan - Frei | Edição do dia 11/08/2022 - Matéria atualizada em 11/08/2022 às 04h00

Somos elementos pensantes do universo. Somos filhos e filhas da família humana. Somos portadores de forças que nos distinguem dos demais. Estamos revestidos de poder. Somos capacitados para reunir e administrar os bens e as maravilhas desse universo.

Somos seres pensantes com o objetivo de expressar sentimentos de alegria, de coragem e de riquezas sobrenaturais. Não o somos por escolha nossa. Somos concessão da parte do Deus Criador que nos colocou nesse universo e nos constituiu seus representantes, com plenos poderes de organizar e de definir. Somos a família humana constituída por seres pensantes responsáveis em assumir para si a responsabilidade em conduzir os povos todos pelo caminho da esperança rumo ao eterno. Essa família, da qual fazemos parte, é constituída por grupos humanos dos mais distintos na etnia, na cultura e na maneira de crer em um ser superior. Essas famílias formam um todo harmonioso com a natureza dos seres animados e inanimados. Diversas na maneira de pensar, de comunicar e de conviver. Cada qual com direitos e deveres próprios. Cada qual com sua crença e sua maneira de cultuar seu deus. Mesmo havendo essa divergência em sua maneira de se organizar, todas estarão no mesmo caminho. Com essas divergências, surgirão certos conflitos, tanto no campo politico quanto no campo religioso. Esses conflitos sempre existiram e continuarão existindo. Isso em razão da natureza e do ambiente em que cada qual surge e se organiza. Isso demonstra o tanto que esses seres dificultam em aceitar suas limitações e admitir que existam outros que pensam diferente e que precisam ser respeitados e aceitos. Somente Deus tem o poder de julgar. Somente ele tem poder de exigir o culto a ele devido, embora tantos teimem em não aceitar. Muitos, ainda hoje, querem se colocar acima do poder divino e exigem para si um deus que proteja os bons e castigue os maus, um deus que favoreça os justos e destrua os injustos.

Querem um deus que os favoreça nos negócios, no poder de administrar e de governar as nações. Querem privilégios e não deveres. E Deus não é assim. Ele se coloca sempre junto àqueles e àquelas que continuam no mesmo e frágil rebanho dos empobrecidos, contudo fiéis.

A esses, o Mestre dos mestres conforta e estimula a manterem-se fiéis: “Não tenha medo, pequeno rebanho, porque o Pai de vocês tem prazer em dar-lhes o Reino. Vendam os seus bens e deem o dinheiro em esmola” (Lc. 12:32-34). Não pede que se empobreçam. Quer vê-los desprendidos dos bens materiais, fazendo-se cada dia mais irmãos uns dos outros na mesma mesa da partilha e no mesmo caminho da felicidade. Sabemos que quanto mais vivermos apegados aos bens materiais, tanto mais faltará espaço aos bens espirituais. Sabemos que o ser humano só será feliz quando abrir as mãos para a partilha e o coração para o amor. Só será feliz quem olhar o outro com o olhar de Deus. Só será feliz quem perdoar o outro, assumindo o perdão de Deus. Só será feliz quem cultivar a vida, colocando-a a serviço da felicidade que vem de um coração em paz.

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