Opinião
Inclusão nas Instituições de Ensino Superior: possibilidades e desafios
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Segundo dados do Censo da Educação Superior 2019, divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), o número de estudantes com deficiência no Ensino Superior aumentou 144.83%, mas ainda correspondem a menos de 1% do total de matriculados em graduação no país, onde em 2018, o número de alunos era de 43.633. Mesmo diante de pequenos avanços, os dados apresentados refletem um cenário que suscita atenção e pontos de reflexão críticos, já que o processo de inclusão é de relevância social, e ao garantir este acesso, possibilitamos um espaço de valorização e desenvolvimento de potencialidades e autonomia da pessoa com deficiência. Para garantir que o desenvolvimento da inclusão se torne efetivo, se faz necessário ampliar este debate e ponderar sobre caminhos possíveis que possam integrar o sujeito neste processo tão complexo de ensino e aprendizagem e pensar sobre nos exige uma análise crítica. Ao refletir sobre estes desafios que vão desde o espaço físico acessível até questões de adaptações metodológicas, devemos levar em consideração como está sendo construída e desenvolvida a cultura da inclusão e avaliar esta possibilidade como um dos caminhos possíveis para a consolidação da inclusão nas Instituições de Ensino Superior. As Instituições que desenvolvem ações direcionadas para a informação, formação, sensibilização e vivências para toda comunidade acadêmica de forma continuada, fomentam comportamentos que são convertidos em posturas de acolhimento e diminuição das barreiras atitudinais, promovendo um espaço onde se discuta sobre diversidade, humanização nas relações pautadas no diálogo e na escuta empática. Por fim, é importante que não seja somente garantido que as pessoas com deficiência estejam nesse espaço, esse movimento vai além. Afinal, inclusão é sair da zona de conforto e aprender com o outro.