Opinião
A FORÇA DOS PEQUENOS
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Comemora-se hoje o Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa, um dos segmentos mais importantes da economia brasileira. Segundo dados do Sebrae, o setor comemora a marca de 72% dos empregos gerados no país somente no primeiro semestre de 2022, chegando a 30% do Produto Interno Bruto (PIB) e 99% dos empreendimentos brasileiros, ou seja, 18,5 milhões de pequenos negócios.
De acordo com o Sebrae, a maioria desse contingente expressivo de negócios é formada por Microempreendedores Individuais (MEI), profissionais que decidiram apostar no empreendedorismo faturando até R$ 81 mil por ano e que hoje já são 11,5 milhões espalhados por todo o País. Já as microempresas, aquelas cujo faturamento não ultrapassa R$ 360 mil, e empresas de pequeno porte, com caixa entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões, somam 6 milhões e 1 milhão de CNPJs, respetivamente. Os pequenos negócios fazem parte do cotidiano da população e incluem uma infinidade de produtos e serviços. A capilaridade dos pequenos negócios e a necessidade de gerar mais dinâmica à economia faz com que eles estejam presentes desde os pequenos municípios até os diversos bairros das grandes metrópoles. Por isso, é capaz de absorver a mão de obra mais facilmente, inclusive dos profissionais e trabalhadores que têm dificuldade de encaixar no mercado. Estima-se que as micro e pequenas empresas sejam responsáveis por 52% dos empregos gerados no Brasil e por 40% da massa salarial. Entretanto, o setor enfrenta três grandes desafios. O primeiro é a burocracia. O excesso de legislação e as obrigações tributárias são um desafio constante para os empreendedores. O segundo é a alta carga tributária e taxas de serviços, que levam boa parte do faturamento do empreendedor. Finalmente há os riscos constantes com os quais o empreendedor tem de lidar. Um exemplo foi a pandemia da Covid-19, que obrigou os empresários a se reinventar. Pela importância do setor para a economia e a geração de emprego, é preciso que o setor seja olhado de forma diferenciada pelo poder público, que deve aumentar a disponibilidade de crédito, reduzir o custo e a burocracia.
