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Estudante protagonista da mudança na educação

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O Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) aplicou pela primeira vez, em 2022, um teste para medir o pensamento criativo dos estudantes. A constatação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), responsável pela avaliação, é de que os desafios impostos pelas transformações na sociedade, em especial no mundo do trabalho, exigem um novo olhar para a educação. Além do domínio de conceitos matemáticos, das ciências e da leitura, é preciso estimular os estudantes a desenvolver competências para realizar trabalhos que não podem ser facilmente replicados por máquinas. Ou seja: o futuro exige criatividade para construir soluções inovadoras.

Os resultados do Pisa só serão conhecidos ano que vem, mas sabemos que a escola, em geral, está desconectada dos desafios do século 21. Com aumento da evasão e piora nos indicadores de aprendizagem, a pandemia aprofundou um cenário que já era ruim no País e que exige mudanças urgentes. Atento a essa realidade, em 2014 o Serviço Social da Indústria (Sesi-RS) lançou sua primeira escola de Ensino Médio e ampliou seus programas de formação do trabalhador, por meio da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Investimos em um modelo baseado em experiências bem-sucedidas no Brasil e no exterior, que colocam os estudantes como protagonistas das transformações na educação. Todos aprendem na prática, usando a tecnologia para criar soluções inovadoras para problemas do dia a dia. Nestes dias 5 e 6 de outubro, pelo menos 20 mil estudantes e educadores de todo o Estado puderam conferir algumas dessas soluções inovadoras na quarta edição da Mostra Sesi Com@Ciência, em Porto Alegre. São projetos que buscam resolver problemas reais, em diversas áreas, desde a saúde - como uma bengala estruturada a partir de materiais recicláveis para medição de pressão arterial, batimentos cardíacos e oxímetro em idosos - até a construção civil - ao projetar um sensor de meteorologia e monitorização alimentados por placas solares, para detectar a elevação da água em dias de chuva. A educação do futuro já existe, mas ela ainda é uma realidade distante da maioria dos brasileiros que dependem da escola pública. A mudança urgente e necessária exige um esforço de todos os atores, públicos e privados. Precisamos construir consensos e reunir esforços por uma educação de qualidade como direito de todos. A criatividade é uma marca da infância. Não podemos deixar que a escola apague essa virtude. O desenvolvimento de uma sociedade mais justa e desenvolvida depende disso.

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