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A saúde do futuro e o médico

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Em seus smartwatches, as pessoas conferem seus batimentos cardíacos e seu nível de oxigênio no sangue. Por meio de aplicativos no celular e outros dispositivos vestíveis, contamos passos, gastos calóricos, glicose e pressão arterial. Além disso, alertas indicam alterações e irregularidades que podem ser sinal de uma doença.

Estes são exemplos de como os avanços tecnológicos têm nos tornado mais autônomos no controle da nossa própria saúde. Em suma, estamos gerando dados sobre nós mesmos para que possamos ter mais qualidade de vida e assegurar que estamos mantendo uma rotina de hábitos saudáveis, seja para nos cuidarmos para o agora, seja como uma meta de boa saúde na velhice. Esta é uma realidade que indica um caráter cada vez mais preventivo e personalizado da medicina — e para a qual os profissionais médicos devem estar atentos. Por muito tempo, nossa formação e atuação foi mais voltada a diagnosticar e tratar doenças. Reflexo de tempos em que, também, os pacientes só buscavam atenção médica quando algo estava errado em sua saúde. Porém, graças aos avanços econômicos e tecnológicos, as expectativas mudaram. Hoje, é imperativo que cuidemos de nós mesmos, da nossa alimentação e dos nossos hábitos, buscando uma vida mais longa e com mais qualidade. Somado a isso, as tecnologias empoderaram o indivíduo no que concerne à saúde: seja por aplicativos e vestíveis, seja pelo acesso fácil à informação na internet — a qual, também, traz riscos como tratamentos sem comprovação científica ou dados equivocados. Não raro vemos pacientes chegarem ao consultório com conclusões a partir do que leram nas redes. Neste sentido, cabe-nos, como médicos, estar atentos a essa revolução. Temos de saber tratar e medicar, sim, mas também prevenir e atuar pela melhor qualidade de vida dos nossos pacientes. Devemos ajudá-los a interpretar e ponderar sobre aquilo que se vê e se lê nestes dispositivos, além de direcioná-los para o caminho adequado, seguindo as melhores evidências científicas. Não se trata de rejeitar a medicina tradicional mas, sim, de reconhecer sua evolução. O paciente está mudando. Ele está cada vez mais atento e ativo neste processo — e precisamos estar conectados a este novo momento. Ao médico, portanto, coloca-se a oportunidade única de antecipar-se ao que será rotina amanhã e ser parte da mudança. Conhecendo a saúde do futuro, faremos um futuro melhor para a saúde.

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