loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
quarta-feira, 02/07/2025 | Ano | Nº 6000
Maceió, AL
24° Tempo
Home > Opinião

Opinião

COBERTURA FALHA

.

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp

O Ministério da Saúde lançou na terça-feira um novo plano de combate à poliomielite. Entre as ações prioritárias está o fortalecimento da vigilância epidemiológica e da vacinação. O Brasil está livre da poliomielite há 32 anos, mas a forte queda da cobertura vacinal desde 2015 preocupa. No ano passado, o índice ficou abaixo de 70%, quando a recomendação é de 95%.

Mesmo com a prorrogação da Campanha Nacional de Vacinação contra a poliomielite, que foi finalizada na segunda-feira (31), Maceió, por exemplo, não alcançou a meta do Ministério da Saúde e só imunizou 52,48% do público-alvo. Durante todo o ano de 2021, o percentual de pessoas vacinadas na capital alagoana chegou a 65%.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, foram aplicadas 27.206 doses - a cobertura total seria de 51.840 doses em crianças na faixa etária de 1 a menores de 5 anos de idade. Para atingir a cobertura total, ainda falta imunizar um público-alvo de 24.634 crianças. A menor população imunizada foi de crianças com quatro anos, com 6.380 e 50,39% de cobertura.

A queda dos índices vacinais é um problema real e não ocorre apenas no Brasil. Em julho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Unicef OMS divulgaram pesquisa demonstrando que a pandemia da Covid-19 reduziu as coberturas vacinais das crianças ao menor patamar dos últimos 30 anos, globalmente. Para o Unicef, trata-se de um alerta vermelho para a saúde da criança, e as consequências serão medidas em vidas.

Embora fosse esperada uma ressaca da pandemia, o que se vê é um declínio contínuo. De acordo com as organizações, a queda das coberturas ocorre pela pandemia e também outros fatores associados, como o aumento do número de crianças que vivem em conflitos e a ambientes frágeis onde o acesso à imunização é escasso, o crescimento da desinformação sobre questões relacionadas à pandemia, a interrupção de serviços e da cadeia de suprimentos, e o desvio de recursos para o esforço de resposta à Covid-19, por exemplo.

É preciso que o poder público, em todas as suas instâncias, continue investindo em campanha de conscientização e facilite o acesso aos imunizantes.

Relacionadas