Trajetória de recuperação .
Dados divulgados ontem pelo IBGE mostram que o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país em um ano, variou 0,4% no terceiro trimestre de 2022, na comparação com o segundo, na série com ajuste sazon
Por Editorial | Edição do dia 02/12/2022 - Matéria atualizada em 02/12/2022 às 04h00
Dados divulgados ontem pelo IBGE mostram que o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país em um ano, variou 0,4% no terceiro trimestre de 2022, na comparação com o segundo, na série com ajuste sazonal.
Na comparação com o mesmo período de 2021, o PIB cresceu 3,6%. No acumulado nos quatro trimestres, terminados em setembro de 2022, o PIB cresceu 3%, frente aos quatro trimestres imediatamente anteriores. O acumulado do ano foi de 3,2% em relação ao mesmo período de 2021. Para o Ministério da Economia, os números apontam que o País continua em uma “trajetória de recuperação do crescimento”. De fato, esse foi o quinto trimestre de alta consecutiva da atividade econômica do País. O PIB chegou ao maior patamar da série histórica, iniciada em 1996. Além de atingir o maior nível da série, o PIB ficou 4,5% acima do patamar pré-pandemia, registrado no quarto trimestre de 2019. A variação positiva do PIB foi influenciada pelos resultados dos serviços e da indústria. A economia do Brasil foi intensamente impactada pela pandemia do novo coronavírus, iniciada no país em março de 2020. As medidas de isolamento social escancarou um cenário de desigualdade social e de crise econômica que já era preocupante. Com o tempo e o relaxamento das medidas de isolamento social, graças ao avanço da vacinação, setores afetados começaram a retornar às atividades. Desde então, o desafio tem sido enfrentar a crise econômica na tentativa de retomada da economia do Brasil ao patamar pré-pandemia. O fato é que, apesar de ainda não ser o desempenho esperado, o Brasil vem registrando recuperação econômica acima do esperado. Vários setores têm se recuperado há algum tempo, com a retomada de serviços presenciais que tinham demanda represada durante a pandemia. A situação está caminhando para o cenário que o país apresentava antes da pandemia. A taxa de desemprego atingiu em outubro o menor percentual para o período desde 2014.O principal desafio agora é a inflação que apresenta queda, mas ainda em ritmo lento..