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Opinião

dia do solo .

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Por Editorial | Edição do dia 06/12/2022 - Matéria atualizada em 06/12/2022 às 04h00

O dia 5 de dezembro foi instituído pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) como sendo o Dia Mundial do Solo. O objetivo é sensibilizar a sociedade para promover a consciência de que os solos são fundamentais para a sustentabilidade da vida na Terra.

O solo é vital para o planeta e realiza funções responsáveis para produzir a alimentação humana e animal, conservar a biodiversidade e os ciclos naturais, reduzir o impacto das mudanças climáticas, gerar bioenergia, sustentar construções, proteger águas subterrâneas e superficiais como filtro e armazém. 

Os solos hospedam mais de 25% da diversidade biológica mundial. Além disso, mais de 40% dos organismos vivos em ecossistemas terrestres estão associados aos solos durante seu ciclo de vida. 

O mau uso e a falta da conservação dos solos, a seca e as queimadas continuam a representar sérios desafios locais e globais para promover a sustentabilidade.

Todas essas funções podem ser ameaçadas por atividades humanas, mudanças climáticas e desastres naturais. O uso excessivo e impróprio de agroquímicos é um dos principais fatores. Outros exemplos incluem desmatamento, urbanização, intensificação agrícola, perda de matéria orgânica, impermeabilidade da superfície, acidificação do solo, poluição, salinização, incêndios florestais, erosão e deslizamentos de terra. 

A questão se torna ainda mais relevante quando diz respeito ao Brasil, que é um dos maiores produtores de alimentos do mundo. Segundo levantamento do IBGE, entre os mais de 500 tipos de solos existentes no Brasil, 29,6% tem boa e 2,3% muito boa potencialidade ao desenvolvimento agrícola. Outros 33,5% apresentam potencialidade moderada, com problemas relativamente fáceis de serem corrigidos. 

A perda de solos produtivos prejudica gravemente a produção de alimentos e a segurança alimentar, amplifica a volatilidade dos preços dos alimentos e, potencialmente, mergulha milhões de pessoas à fome e à pobreza. 

É preciso buscar práticas agrícolas que permitam o uso da terra de forma sustentável, com a preservação do solo, tornando-o mais fértil e saudável. 

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