Hotelaria quer operações saudáveis e lucrativas. Mas isso é possível?
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Por Rodolfo Oliveira - CEO da XR Advisor | Edição do dia 08/12/2022 - Matéria atualizada em 08/12/2022 às 04h00
O Conselho Mundial de Viagens e Turismo prevê que em 2023 o turismo global atinja a marca de quase US$ 10 trilhões movimentados deixando para traz os resquícios da pandemia. Esse fato associado ao câmbio desfavorável para os brasileiros vai impulsionar significativamente o turismo interno, o que é um cenário altamente positivo principalmente para destinos, hotéis e equipamentos turísticos.
Porém, a sombra da pandemia ainda não desapareceu por completo. Alguns destinos já voltaram a decretar a obrigatoriedade do uso de máscaras em transportes públicos, por exemplo, e se os índices de contração do vírus continuarem subindo, as restrições podem ser ainda mais severas. E o setor do turismo sabe bem quais são os impactos disso. Por esse motivo, cada vez mais os empresários do setor vêm buscando soluções sustentáveis para suas operações e isso recai prioritariamente sobre os hotéis. Não existem números oficiais, mas estima-se que existam no Brasil mais de 30 mil empreendimentos. E até 2026, há expectativa de iniciarem operação mais de 120 novos hotéis, conforme o FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil. O que significa ter uma operação sustentável? Um modelo de gestão mais otimizado - apoiado em tecnologia, processos e pessoas - que possibilite a geração de resultados mais expressivos para que os empreendimentos estejam preparados para enfrentar desafios do mercado. Ainda segundo o relatório, as franquias hoteleiras atualmente respondem por 43% dos novos contratos – uma modalidade até poucos anos atrás pouco explorada. E junto com essa adoção surgem questionamentos sobre o modelo de gestão dos hotéis, os quais estão hoje nas mãos de administradoras hoteleiras que invariavelmente geram resultados aquém do esperado pelos investidores. E a conta é simples: você, dono de hotel, não domina a gestão de um empreendimento hoteleiro e por isso contrata uma administradora que te cobra altas taxas e ainda tem participação no faturamento bruto com a promessa de resultados expressivos. E curiosamente essa conta acaba invariavelmente sendo desvantajosa para o investidor que vê resultados frustrantes. Isso quando não precisa aportar dinheiro. Nessa esteira, vem ganhando força a participação de empresas da área financeira no gerenciamento de hotéis, com um mindset focado na gestão de ativos e receitas e com foco em gerar resultados aos investidores, criando assim operações altamente lucrativas, com uma operação internalizada, mas com um amparo de práticas globais. O resultado é: proprietários de hotéis com o controle de sua empresa e da operação, tendo aportes e suportes que visam a geração de resultados sustentáveis, onde todos ganham.