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Nº 5821
Opinião

Imprudência .

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Por Editorial | Edição do dia 04/01/2023 - Matéria atualizada em 04/01/2023 às 04h00

Balanço da Operação Ano Novo, realizada pela Polícia Rodoviária Federal, mostra que os testes de alcoolemia realizados pelo órgão, popularmente conhecidos como testes de bafômetro, apresentaram um impressionante aumento. Houve um acréscimo de 77% nas medições aplicadas, em relação aos números do ano anterior. Como consequência, houve também um aumento de 70% no número de autuações de motoristas dirigindo embriagados.

As ações de fiscalização retiraram das rodovias este ano 611 quilos de maconha, resultado 120% maior em relação ao que foi apreendido no ano passado. A PRF informou que, este ano, as apreensões de cocaína foram as que apresentaram aumento de 30 mil por cento em relação à última edição da operação. Apesar das recorrentes campanhas alertando sobre os perigos da combinação álcool e direção, na prática verifica-se que muitos condutores preferem abusar da sorte. Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) já mostrou que aproximadamente um quarto dos brasileiros que dirige insiste em desobedecer à lei e colocar a vida em risco. No Brasil, a violência no trânsito é uma das principais causas de mortes. Boa parte desses acidentes tem a ingestão de bebida alcoólica como causa. Desde 2008, a legislação brasileira estabelece punição severa ao condutor que for flagrado dirigindo depois de ingerir bebida alcoólica ou sob a influência de qualquer outra substância psicoativa, já que quem assume a direção de um veículo nessas condições põe em risco não só a própria vida como a de outras pessoas. No final do ano de 2012 a lei foi alterada, tornando-se mais rígida. Conhecida como Lei Seca, a norma mudou hábitos dos brasileiros. E, embora possa gerar dados ainda mais positivos, esta medida após sua maior rigidez resultou em redução da tendência de mortes por lesão no trânsito. Entretanto, muitos condutores continuam insistindo colocar à própria vida e a vida dos outros em perigo. Infelizmente, campanhas educativas parecem não bastar, por isso é necessário fiscalização rigorosa e punição severa. Caso contrário, muitas vidas continuaram sendo perdidas nas estradas brasileiras.

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