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Pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas mostra que a desigualdade de renda no Brasil é ainda maior do que o imaginado. A pesquisa mostrou que o índice de Gini chegou a 0,7068 em 2020. O valor é superior ao 0,6013 calculado apenas na Pnad Contínua. Cada 0,03 ponto corresponde a uma grande mudança da desigualdade.

Conforme o cálculo do Gini, quanto mais perto de 1 está o indicador, maior é a desigualdade. A pandemia também é responsável por influenciar a desigualdade. De acordo com a FGV, diferentemente do que se pensava, mesmo com o Auxílio Emergencial, a desigualdade brasileira não recuou durante a pandemia. Com a metodologia usual do Gini o patamar teria passado de 0,6117 para 0,6013. No entanto, com a combinação das bases, o indicador vai de 0,7066 para 0,7068. Pelos dados da FGV, as perdas dos mais ricos (o 1%) foi de 1,5%, nível menor do que a metade da classe média, que ficou em 4,2%, e se tornou, segundo o professor, a grande perdedora da pandemia. Para os técnicos da instituição, a perspectiva de melhoria na desigualdade é o pagamento de um novo Bolsa Família, que é importante para os mais pobres, com um orçamento maior este ano, mas para os anos seguintes ainda não está definido. Também é considerado importante como forma de reduzir os impactos da desigualdade a volta do Minha Casa, Minha Vida, reincluindo a população que tem rendimentos menores. Não há dúvida de que a pandemia agravou a desigualdade de renda e a pobreza no Brasil. Os pobres e vulneráveis do Brasil sentiram mais duramente as consequências econômicas negativas da pandemia. A deterioração do mercado de trabalho diminuiu a renda domiciliar, com os 40% mais vulneráveis da população sendo os mais atingidos O auxílio emergencial, pago a 68 milhões de pessoas, ajudou a aliviar o impacto da crise. Entretanto, assim que assistência do governo minguou, a pobreza aumentou acentuadamente. Isso torna evidente a dependência das famílias brasileiras dos programas sociais e exige do poder público medidas mais concretas para que as pessoas possam sair definitivamente da condição de vulnerabilidade.

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