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quarta-feira, 09/07/2025 | Ano | Nº 6006
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Opinião

Preparem as malas: vamos para Marte .

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A humanidade se moveu do campo para a cidade por uma razão: já não era mais tão necessária lá. À medida que as tecnologias evoluíram, a produtividade aumentou e possibilitou que menos pessoas fossem capazes de produzir alimentos para todos. Ao migrar para as cidades, o homem passou a criar estruturas físicas e sociais mais complexas. Enquanto grande parte da população atuava na produção de bens, outra ocupava seu tempo com funções de gestão e de controle (advogados, contadores, fiscais, consultores). Tais funções, juntas às relacionadas à área de saúde, exigiam anos de estudos sobre conhecimentos estabelecidos e eram mais bem remuneradas.

Assim, chegamos aos dias de hoje, onde, independente de viver no campo ou na cidade, a humanidade pode ser compreendida de uma forma reducionista, como se dividida em duas camadas sociais, considerando o seu tipo de trabalho e de remuneração como critério de classificação. Via de regra, o trabalho intelectual permite às pessoas melhores condições econômicas, possibilitando que seus descendentes invistam tempo em estudos e aumentem as chances de perpetuar o modelo. Já os trabalhadores manuais, em geral, não têm as mesmas condições, e seguem tendo seus dias impactados por evoluções tecnológicas que aumentam a capacidade produtiva. Mas o que observamos no horizonte é uma grande transformação se aproximando dos trabalhadores que têm seu sustento gerado a partir do compartilhamento dos seus conhecimentos. As soluções de Inteligência Artificial surgem às dezenas (como o fenômeno ChatGPT, da OpenAI, que atingiu 1 milhão de usuários em meros de cinco dias após seu lançamento) e logo entregarão de forma estruturada conhecimento de alto nível em áreas como Direito, Computação, Arquitetura, Medicina e tantas outras. Claro que as regulamentações e o corporativismo tentarão impedir o avanço, mas não será suficiente para conter essa enorme onda. Veremos, então, o surgimento de uma nova realidade que valorizará as reais capacidades humanas de inovação, criatividade, análise crítica e de criação de maiores desafios. Teremos tempo e riqueza para avançar rumo ao espaço, tornando-nos, (por que não?) uma raça interplanetária como nos livros e filmes de ficção. Então, prontos para ir a Marte?

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