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Nº 5821
Opinião

Jorge Assun��o

ROGÉRIO TEÓFILO * Alagoas está mais triste, mais pobre de cultura e sentindo a grande ausência de um amigo. Faleceu nestas últimas horas do dia 20, o homem da família, o educador, o jornalista e o político Jorge Assunção. Não poderia deixar de registrar

Por | Edição do dia 26/01/2005 - Matéria atualizada em 26/01/2005 às 00h00

ROGÉRIO TEÓFILO * Alagoas está mais triste, mais pobre de cultura e sentindo a grande ausência de um amigo. Faleceu nestas últimas horas do dia 20, o homem da família, o educador, o jornalista e o político Jorge Assunção. Não poderia deixar de registrar esse momento de pesar e fazer mais uma vez minha homenagem a este grande alagoano. Por isso, estou republicando o artigo que fiz no início do ano passado, que ele teve oportunidade de ler e que passou a transcrevê-lo: “Um homem de bom coração, leal e sempre preocupado com o ser humano e com o social. Assim posso percorrer com algumas palavras os caminhos trilhados pelo saudoso jornalista, político e educador, Jorge Assunção. Sua vida sempre foi por muito tempo essa simbiose, porque ele e suas atividades se confundiam e não podiam se separar... Sendo um apaixonado pela Comunicação, fundou e continuou no batente do Jornal de Hoje por 30 anos, onde comparecia, discutia e decidia, com o editor Dau Tenório, o Editorial e as Manchetes do dia seguinte. O jornalista também atuou na Rádio JH, da qual tanto se orgulhava. Ele não se limitou a comandar veículos de comunicação, mas, também, a exercer a profissão, publicando artigos sobre temas polêmicos e atuais nos jornais alagoanos. Lidar com a coisa pública sempre foi questão de vocação, assim Jorge Assunção assumiu em duas épocas uma cadeira na Assembléia Legislativa de Alagoas e como deputado viveu momentos marcantes e históricos do Estado, com o processo de “impeachment” de dois governadores se portando de acordo com a conseqüência e independência que o caracterizaram como homem público. O entrelaçar das atividades o levou ao Tribunal de Contas do Estado, o qual presidiu com imparcialidade. O homem das contas públicas também foi educador, cumprindo seu papel, com a delicadeza necessária e o cuidado em se lidar com o ser humano. Nesse processo, sempre contou com o amparo, o braço amigo e companheiro de sua esposa Kátia, principalmente quando assumiu o Comando da Companha Nacional de Escolas da Comunidade. Sempre o vi, desde essa época, como um exemplo de persistência. Aquele que preencheu uma lacuna do ente público com o seu projeto social, o que possibilitou a milhares de jovens a oportunidade de transpor os desníveis sociais através da educação. Sinto-me orgulhoso de tê-lo conhecido e pela oportunidade de reconhecer e agradecer, de público, por tudo que representou para o nosso Estado de Alagoas, tanto no jornalismo como na política e, principalmente, na Educação. Sua visão sobre o CNEC e o seu papel na sociedade foram sua marca. Jorge Assunção foi um homem convencido de que “o estudo não deve tomar o caráter de uma negociação, mas de um trabalho de participação e de comunidade”. Rendo, portanto a minha homenagem, em nome de toda Alagoas, ao homem que foi e que sempre será exemplo de humanidade, civilidade, honra, caráter, de forte sentimento de lealdade; do político que não confundiu a questão pessoal com a pública. Do jornalista que sempre defendeu a ética e do educador que se preocupou em ensinar a estender a cultura, principalmente, aos que não tinham acesso e educação. (*) É DEPUTADO FEDERAL (PPS/AL)

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