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Opinião

FORA DA ESCOLA .

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Pesquisa realizada pelo Sesi/Senai aponta que, depois dos 16 anos, apenas 15% dos estudantes estão em salas de aula. Das pessoas que não estudam, 57% disseram que abandonaram a sala de aula porque não tinham condições. A necessidade de trabalhar é o principal motivo (47%) para interrupção dos estudos.

O levantamento também revelou que apenas 38% das pessoas com mais de 16 anos de idade que atualmente não estudam alcançaram a escolaridade que gostariam. Para 18% dos jovens de 16 a 24 anos, a razão para deixar de estudar é a gravidez ou o nascimento de uma criança. A evasão escolar por gravidez ou pela chegada de um filho é maior entre mulheres (13%), moradores do Nordeste (14%) e das capitais (14%).

Ainda segundo a pesquisa, a maioria dos jovens acima dos 16 anos de idade considera que a maioria dos que têm ensino médio ou ensino superior considera-se pouco preparada ou despreparada para o mercado de trabalho.

Para especialistas, a evasão escolar é uma tragédia silenciosa que amplifica desigualdades sociais e impacta a economia brasileira. Distorção idade-série, baixo aprendizado, desigualdade social e econômica, falta de orientação sobre carreiras e, como consequência, um baixo engajamento dos alunos com os estudos são alguns dos principais obstáculos a serem vencidos na luta contra a evasão de jovens do Ensino Médio brasileiro – caracterizado pela baixa qualidade do ensino e elevadas taxas de reprovação e evasão.

A pesquisa Sesi/Senai traz uma dura reflexão sobre a necessidade de aumentar a qualidade da educação e também a atratividade da escola. Nesse aspecto, é preciso ressaltar as iniciativas que vêm sendo adotadas em Alagoas, como o pagamento de bolsas para manter ou atrair de volta alunos de baixa renda e a ampliação das escolas em tempo integral, como mostra reportagem publicada na Gazeta de Alagoas deste fim de semana.

É preciso criar ambientes de aprendizagem inovadores e acolhedores que mantenham os jovens motivados e para isso também é necessária a valorização dos docentes, com formação continuada. Sem isso, o Brasil continuará amargando baixo desempenho na educação.

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