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Opinião

Modelo em debate .

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Secretários estaduais de Educação entregaram ontem, em conjunto, ao Ministério da Educação uma proposta de readequação do Novo Ensino Médio. O conselho de secretários defende que sejam elaboradas orientações, em conjunto com os estados, para a oferta do ensino médio noturno, educação de jovens e adultos (EJA) e também para estudantes de ensino médio do campo, quilombolas, indígenas, jovens ribeirinhos, jovens com deficiência e outros públicos não hegemônicos.

O Novo Ensino Médio está previsto em lei aprovada em 2017. Com o modelo, parte das aulas será comum a todos os estudantes do País, direcionada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Na outra parte da formação, os próprios alunos poderão escolher um itinerário para aprofundar o aprendizado. Muitas das mudanças sugeridas, porém, são criticadas pelos profissionais de educação, bem como pelos próprios alunos. Desde que foi apresentado, o projeto foi alvo de críticas pela ausência de debate sobre os interesses da sociedade, isso tanto em relação aos especialistas em educação quanto por parte dos alunos. Os itinerários formativos eram a grande promessa de diferencial para o novo Ensino Médio. A proposta era integrar múltiplas áreas do conhecimento em um mesmo planejamento pedagógico, de forma a promover ao jovem uma formação técnica e profissional específica. Nesse modelo, os estados têm liberdade para desenvolver os itinerários formativos que serão ofertados nas instituições da região a partir do que deveria ser a demanda e o interesse da população. Na prática, entretanto, com a oferta de disciplinas como “Empreendedorismo”, “Culinária”, “Agronegócio”, entre outras, diversos profissionais da educação têm apontado sobrecarga de atribuições e dificuldades para ministrar as aulas. Há casos também de matérias sendo atribuídas a pessoas sem formação docente e contratadas precariamente. A conclusão dos especialistas é o novo modelo pode agravar as desigualdades regionais, entretanto, a revogação não é o caminho. Deve-se fazer um amplo debate e promover os ajustes necessários.

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