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Tem início hoje, em Belém, capital do Pará, a Cúpula da Amazônia, que receberá chefes de Estado de oito países que partilham o território amazônico. O objetivo do evento é produzir uma posição de consenso a respeito da floresta que será levada a futuros debates globais sobre ação climática. O documento será entregue pelas autoridades brasileiras aos 193 Estados-membros no debate geral da Assembleia Geral da ONU, que ocorre em setembro.

A ideia é que todos os países assinem um documento que de alguma forma prometa zerar o desmatamento ilegal até 2030. O Brasil tem a apresentar números novos da taxa de desmatamento, que caiu no início deste ano. Entretanto, apesar de abrigar 59% da área de floresta, o País possui 75% da área que foi desmatada no bioma.

Ao mesmo tempo, o presidente Lula busca ampliar influência geopolítica ao construir um grupo para negociação conjunta no acordo do clima. Além da questão do combate ao desmatamento, há temas controversos, como exploração de petróleo na região.

Enquanto isso, ONGs cobram metas rígidas para desmate zero e pedem limites à mineração e garimpo em áreas protegidas. Também pedem incentivos à economia sustentável, criação de mais unidades de conservação e proteção de ativistas e povos da região. Já os povos indígenas cobram dos governos mais compromisso no avanço de reconhecimento territorial,

O fato é que parece haver uma compreensão de todos os presidentes de que a Amazônia não pode alcançar o chamado ponto de não retorno, ou seja, o ponto em que a floresta perde sua capacidade de se autorregenerar, em função do desmatamento, da degradação e do aquecimento global, tendendo, então, ao processo de desertificação. A mensagem parece clara: se a crise climática continuar, há o risco de perder a Amazônia.

Para evitar isso, é preciso um esforço regional conjunto, com um suporte científico e também dos conhecimentos tradicionais, a fim de alcançar melhores resultados na proteção das florestas, da biodiversidade, dos povos originários, no estabelecimento de uma parceria que leve a um outro ciclo de prosperidade.

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