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Nº 5759
Opinião

Construtores de Alagoas (V) .

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Por Laurentino Veiga – ex-professor de Economia do Cesmac | Edição do dia 29/08/2023 - Matéria atualizada em 29/08/2023 às 04h00

José Cavalcanti Manso, originário de Pindoba-AL, aportou na bela Maceió, trazendo na mala a esperança de fazer sucesso na cidade de porte médio. Aqui, foi guarda civil - tirando ponto defronte ao prédio-sede do Jornal de Alagoas, fundado pelo pernambucano Luiz Silveira, no dia 31 de maio de 1908.

Com muito sacrifício, graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, na vetusta Faculdade de Direito, encravada na Praça Montepio. Hoje, o velho casarão pertence à OAB-AL. Conviveu com os professores Aurino Malta, Cyridião Durval, Guedes de Miranda, e com o promotor da capital Rofriguez de Melo. Aculturado, passou a lecionar na Escola Técnica de Comércio, na antiga Rua do Sol. Militou como advogado no interland alagoano.

Teve a feliz ideia de criar o curso de Ciências Econômicas da UFAL, que, por sinal, funcionou na Praça dos Martírios e depois no Campos Tamandaré. No início da década de 70, conheci-o como meu professor de Introdução à Economia. Educado, manso de coração, e, principalmente, atencioso com à minha singularíssima pessoa. Daí, nasceu uma sincera amizade até quando voltou à Casa do Pai. Procurei o saudoso vereador Bráulio Cavalcanti, pedindo-lhe que apresentasse o Projeto de Lei denominando uma rua em seu nome no Conjunto Henrique Equelman. Imortalizou-se por tudo que realizou em prol da Educação de Alagoas.

No dia 11 de agosto do fluente ano, no Hotel Jatiúca, o presidente do CORECON, Marcos Antônio Moreira Calheiros, associado ao presidente do SINDECON-AL, José Alex, homenagearam diversas autoridades, empresários, discípulos de Keynes alagoanos (cronista foi contemplado) com a Comenda Professor José Cavalcanti Manso.

Mestre Manso foi, sem dúvida alguma uma figura ímpar. Morou na Rua 24 de fevereiro, Prado. Numa festa de aniversário dele, apresentou-me aos filhos médicos Wagner/ Glauco Manso, bem como ao Desembargador Orlando Manso (falecido), dizendo: “Meninos este é meu amigo, trabalha na UFAL, e concomitantemente, conclui o curso de Economia. Caso venha a precisar de vocês, atenda-o com todas as honras”. Confesso que nunca os procurei. Fiquei grato ao velho Professor José Cavalcanti Manso.

Na cordilheira da minha vida, “combati o bom combate”. Fiz um punhado de amigos, honrei minha descendência dos Veiga de Paulo Jacinto. Como Economista, servi ao Estado de Alagoas durante 35 anos, lecionei no CESMAC, edifiquei uma prole que hoje serve à sociedade a contento. Sinto-me lisonjeado ter privado a fidalga amizade do Prof. Emérito da UFAL José Cavalcanti Manso. Descanse em Paz!

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