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Opinião

FOME DE JUSTIÇA .

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Nos últimos anos, o 7 de Setembro, data em que se celebra a independência do Brasil, vem sendo marcado por duas manifestações distintas. De um lado estão os desfiles oficiais, em que civis e militares destacam a soberania do País, sua história e suas conquistas. De outro, há quase três décadas, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) começou a promover nesse dia o Grito dos Excluídos, uma forma de mobilizar a população para denunciar a injustiça social, grande mal que ainda assola o Brasil.

Este ano, o Grito veio com um questionamento: “Você tem fome e sede de quê?”. Trata-se de uma provocação à reflexão, envolvimento e ação da sociedade em função da maioria da sociedade, composta por pessoas e famílias desassistidas em muitos direitos, inclusive previstos como garantias na Constituição brasileira.

A exclusão social sempre foi uma marca na história do Brasil. No ano de nossa independência, a maioria da população era analfabeta. Ao longo dos anos, o Brasil registrou grande crescimento econômico,, mas esse desenvolvimento excluiu parcela significativa da população.

Na primeira década do século 21, houve a retomada do papel ativo do Estado, com uma política econômica voltada para a distribuição de renda. Como resultado, ocorreu uma diminuição da desigualdade de rendimentos do trabalho, redução drástica da pobreza e desemprego e melhorias nos indicadores sociais.

Em 2014, o Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU graças principalmente aos programas sociais e de estratégias de segurança alimentar e nutricional.

Entretanto, o País voltou a figurar no cenário nos anos seguintes, especialmente durante a pandemia de Covid-19, entre 2020 e 2021. Em 2022, o Segundo Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19 no Brasil apontou que 33,1 milhões de pessoas não têm garantido o que comer

A perpetuação das desigualdades sociais no Brasil ainda é gritante e fruto de uma sociedade injusta. Superar essa realidade permanece como o grande desafio a ser perseguido.

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