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Nº 5759
Opinião

NOVOS RUMOS

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Por Editorial | Edição do dia 20/01/2021 - Matéria atualizada em 20/01/2021 às 04h00

O democrata Joe Biden toma posse hoje como 46º presidente dos Estados Unidos. Mais do que uma troca de nomes, deverá será uma nova guinada na condução política americana. Quatro anos atrás, a eleição de Donald Trump mudou de maneira intensa a política externa do país, que abdicou dos tradicionais organismos internacionais e adotou uma forma de ação mais direta e unilateral. Agora, com Biden, será a volta ao multilateralismo.

A postura de Trump já havia sido uma guinada em relação à de seu antecessor, Barack Obama. Durante os quatro anos de mandato, o empresário atacou órgãos como a Organização das Nações Unidas (ONU) e seu Conselho de Segurança, retirou os EUA do tratado nuclear com o Irã e rompeu com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Acordo de Paris sobre o clima. Agora os Estados Unidos devem se reaproximar dessas instituições. Como Biden sinalizou durante a campanha, uma das bandeiras de seu governo devem ser as questões ambientais. O novo presidente planeja assinar uma série de ordens executivas assim que assumir o poder. Biden emitirá decretos para reverter os vetos à imigração e retornar ao Acordo de Paris sobre mudança climática e também deve ter como objetivo a reunificação de famílias separadas na fronteira dos EUA com o México. Fica agora a expectativa sobre como será a relação entre os Estados Unidos e o Brasil. O governo Bolsonaro é muito próximo dos EUA e, particularmente, de Donald Trump. Os dois presidentes sempre ressaltaram a afinidade no posicionamento diante de alguns assuntos da política internacional. Para analistas, o novo governo americano não deve abalar a boa relação com o Brasil, mas pode aumentar o isolamento brasileiro e fazer o governo repensar sua política externa. Biden assume a presidência com grandes desafios, que vão desde o enfrentamento da pandemia, o avanço de pautas sociais, a dinamização da economia até a reconstrução dos laços com a comunidade internacional historicamente aliada dos Estados Unidos. Certamente o mundo vai acompanhar com atenção.

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