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Nº 5759
Opinião

Chega de vandalismo

Nos últimos dias, o Estado tem vivido momentos de aflição e verdadeira desordem social, face os sucessivos fatos criminosos ocorridos, seqüencialmente, como se uma onda de terrorismo estivesse tomando conta do território alagoano. Algo sem precedentes na

Por | Edição do dia 28/04/2002 - Matéria atualizada em 28/04/2002 às 00h00

Nos últimos dias, o Estado tem vivido momentos de aflição e verdadeira desordem social, face os sucessivos fatos criminosos ocorridos, seqüencialmente, como se uma onda de terrorismo estivesse tomando conta do território alagoano. Algo sem precedentes na história desta região. O registro de assaltos, inclusive seqüestros, latrocínios, assassinatos, roubos de veículos etc., que tem sido noticiado, na Capital e no Interior, levam a crer que os bandidos continuam aportando por aqui, em grande número. Para completar o quadro, seguiram-se as fugas de detentos dos presídios São Leonardo e Baldomero Cavalcante e, o que é pior, com rebeliões gravíssimas e afrontosas, onde foi mostrada a face da brutalidade animalesca, com cenas criminosas macabras, matando-se preso e ateando-se fogo ao corpo mutilado. Na verdade, a reengenharia da segurança pública necessita ser reestudada e, enquanto é tempo, elaborados e executados planos que ofereçam um mínimo de confiança à população. Coroando essa situação de incertezas e de temor que tomou conta da família alagoana, vieram grupos formados pelos chamados sem-terra, insuflados, segundo denúncias, por elementos que querem ver apenas a desordem e o caos, e praticam ações indignas de qualquer terra civilizada. As foices, os machados, os facões e os pedaços de paus ameaçadores, sob a bandeira de uma reforma agrária não objetivada pelo governo federal e, muito mais, distorcida na sua essência, mostram que o fim exclusivo é tumultuar o processo. Sob respaldo da chamada tolerância, o que se viu, nessas semanas, todavia, foram atos criminosos praticados à vista de uma força policial que teria recomendação para evitar confronto com os “manifestantes”, assegurando-lhes o livre trânsito, mesmo quando saqueiam, destroem veículos, roubam cargas, bloqueiam rodovias, invadem repartições públicas, bancos etc. O governo do Estado, porém, já determinou à Secretaria de Defesa Social e à Polícia Militar que mudem a forma de agir, nesses eventos. Ainda bem. Não é necessário bater nem ferir ninguém. A lei tem os caminhos legais para coibir os abusos e as indisciplinas sociais. Se necessário, que sejam convocados, para participar dessas determinações, somando experiências, os Poderes Legislativo e Judiciário. Contanto que se acabe com esse vandalismo vergonhoso.

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